Introdução: A musicoterapia é considerada uma prática integrativa, podendo ser implementada em diferentes serviços da rede de atenção em saúde mental. É uma estratégia que tem como finalidade fomentar o acolhimento, humanização e bem-estar. Têm impactos indiscutíveis nos aspectos, físicos, espirituais, sociais e principalmente psíquicos. Objetivo: Relatar a experiência da assistência de Enfermagem durante o manejo da musicoterapia como terapêutica para identificar o impacto da música diante dos sentimentos e memórias em pacientes internados em uma instituição de referência em psiquiatria. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, acerca da musicoterapia como terapêutica realizada por Enfermeiros especialistas em Saúde Mental, em junho de 2024, em uma unidade de internação psiquiátrica. Resultados: A proposta da musicoterapia foi desenvolvida pelas enfermeiras no setor de internação em um serviço de saúde referência em psiquiatria. A operacionalização da atividade ocorreu em duas fases, a organizacional, que consistiu na seleção de materiais (um celular e uma caixa de som pequena); e a operacional, primeiramente os pacientes foram convidados a ficar na sala de ambientação e escolher duas músicas. Participaram da atividade cerca de 8 pacientes. Quando todos já haviam escolhido suas músicas, foi iniciada a sessão da atividade (quarenta minutos). Após a finalização de cada música, foi realizado os seguintes questionamentos: “Qual o significado dessas músicas para você?” “Quais memórias você tem ao ouvir essas músicas?” Após as diretivas, os relatos apresentaram sentimentos e memórias positivas. Os sentimentos mais expressados foram: alegria, felicidade, amor, calma e gratidão. Quanto as memórias, foi relatado momentos de confraternização com amigos e família, conquistas profissionais, o primeiro amor, dia a dia nas atividades laborais, as saídas para dançar e a liberdade de viver. Conclusão: Infere-se que a musicoterapia é uma intervenção terapêutica ativa na assistência de enfermagem em psiquiatria, pois proporcionou a oportunidade de vislumbrar a vida existente nos pacientes e aspectos da rotina, além disso, subsidiou para ao indivíduo o reconhecimento e potencialidade da subjetividade, proporcionando melhor efetividade no tratamento, uma vez que resgatou a identidade de quem são e seus papéis ocupacionais, fazendo-os compreender que ainda que ocorra uma fuga da realidade, a vida não fica estagnada em uma caixa de quatro paredes.