INTRODUÇÃO: a polifarmácia é definida como o uso frequente e simultâneo de quatro ou mais medicamentos pelo indivíduo, sendo eles decorrentes de prescrições médicas ou isento de receituário, como é o caso da automedicação. Devido ao envelhecimento populacional, essa condição se faz mais recorrente nos idosos, parcela da população que possui alta ocorrência de comorbidades e necessita de maior quantitativo de fármacos. A assistência de enfermagem na atenção primária como porta de entrada do sistema de saúde é primordial, visto que o profissional possui maior contato com o idoso, viabilizando uma assistência integral. OBJETIVO: identificar os principais cuidados de enfermagem adotados na atenção primária em saúde às pessoas idosas que fazem uso de polifarmácia, descritas na literatura. MÉTODOS: trata-se de uma revisão da literatura, efetuada no período de Julho de 2024. A busca foi realizada por intermédio das bases de dados: Google Acadêmico, Biblioteca Virtual em Saúde e SciELO. Os critérios de inclusão para a seleção foram: artigos disponíveis gratuitamente, com período de publicação de até cinco anos e que respondessem ao objetivo da pesquisa, totalizando uma amostra final de cinco artigos. DISCUSSÃO: ao analisar a condição clínica do paciente idoso na consulta de enfermagem, o profissional deve prestar uma assistência voltada para a anamnese e investigação de doenças crônicas associado ao uso da polifarmácia, por meio da coleta de informações sobre a condição de saúde do idoso, incluindo suas comorbidades, histórico de medicamentos de uso habitual contendo identificação, posologia e duração do tratamento de cada fármaco. Ademais, o enfermeiro deve fornecer assistência centrada no paciente com a finalidade de proporcionar um cuidado de qualidade, possibilitando o uso de tratamento alternativo não medicamentoso, bem como recomendação de prática de atividade física, alimentação saudável e controle de álcool e tabagismo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: a polifarmácia no paciente idoso pode ocasionar impactos negativos na qualidade de vida, uma vez que esses indivíduos são mais sensíveis aos efeitos dos medicamentos, ocasionando o aparecimento de agravos. Logo, o enfermeiro deve realizar a assistência acompanhando individualmente cada paciente com suas particularidades e histórico de saúde, promovendo a educação permanente sobre o uso dos fármacos e conscientizando acerca dos perigos de tomar os medicamentos sem prescrição médica.