
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO EM CIRURGIA CARDÍACA COM ESTERNOTOMIA: UM ESTUDO LONGITUDINAL RETROSPECTIVO
Relatoria:
BRUNO HENRIQUE FIORIN
Autores:
- BRUNA MORAES BARBIERI
- JULIA ALCANTARA CORREA DO NASCIMENTO
- VICTORIA FELICIO DA SILVA
- Núbia Namir Lara Lope
- Lucas Dalvi Armond Rezende
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC), relacionada à assistência à saúde e vinculada ao procedimento cirúrgico, caracteriza-se por um quadro infeccioso que surge nos primeiros 30 dias após a cirurgia, ou 90 dias no caso de próteses e implantes. Objetivo: Analisar a ocorrência de infecção de sítio cirúrgico em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca com esternotomia. Métodos: Estudo longitudinal retrospectivo utilizando dados prontuários eletrônicos de pacientes submetidos a cirurgias cardíacas com esternotomia em um hospital universitário, para a coleta de dados, foi utilizada uma ficha de extração padronizada desenvolvida pelos pesquisadores. As análises estatísticas foram realizadas por meio do software Statistical Package for the Social Science (SPSS) 21.0. A amostra incluiu dados de todos os pacientes submetidos à cirurgia cardíaca eletiva, tais como revascularização do miocárdio, troca valvar, correção de comunicação intra-atrial, que envolveram esternotomia e circulação extracorpórea. Foram excluídos da amostra pacientes que foram submetidos a cirurgias de emergência ou com histórico prévio de foco infeccioso. Aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Cassiano Antônio De Moraes da Universidade Federal do Espírito Santo - Hucam/Ufes, com parecer 5.070.714. Resultados: A incidência de infecção de sítio cirúrgico foi de 17,55%, das quais: superficial (6,38%), órgão e cavidade (5,85%) e 9% evoluíram a óbitos. Do tal de 188 pacientes acompanhados, 51,06% do sexo masculino, 57,98% submetidos à revascularização do miocárdio, 74,47% receberam antibióticos profiláticos e 53,72% fizeram banho pré-operatório. Complicações intraoperatórias ocorreram em 13,83%. A prevalência de hipertensão arterial e diabetes mellitus foi 67,70% e 35,11%, respectivamente. A presença de comorbidades aumentou 1,7 vezes as chances de infecção (IC: 1.08-2,62, p: 0,01), enquanto a hipertensão arterial isolada, aumentou 4,3 vezes (IC: 1,24-15,19, p: 0,02). Este estudo contribui para a ampliação do entendimento acerca da prática clínica dos profissionais de saúde no contexto da assistência segura e de qualidade para pacientes submetidos a procedimentos cardíacos, ao destacar os elementos que influenciam a incidência de Infecções do Sítio Cirúrgico. Considerações finais: A Hipertensão arterial, isoladamente ou com outras comorbidades, eleva o risco de infecções pós-operatórias, indicando a necessidade de estratégias preventivas específicas.