
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
PRECONCEITOS INTRÍNSECOS DURANTE O ATENDIMENTO DE PACIENTES LGBTQIA+ COM SÍFILIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Laura Cavalcanti e Silva
Autores:
- Gilvana da Rocha Freire
- Ana Karoliny Melo Martins
- Duana Gabrielle de Lemos Costa
- Maria Alice Martins Santos
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A Sífilis adquirida é uma infecção sexualmente transmissível de notificação compulsória, foi visto que atinge mais o sexo masculino, principalmente, gays, profissionais do sexo, travestis/transexuais e pessoas que usam drogas. Com isso, os casos de sífilis em homens gays estão presentes durante as consultas na Unidades de Saúde da Família (USF), sendo necessário o preparo dos profissionais de enfermagem para a recepção dessa comunidade. Logo, através do estágio supervisionado do curso de enfermagem da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) é realizado a inserção dos discentes na USF, pela prática em atenção primária, visando o aprendizado de competências da profissão. Objetivo: Relatar a experiência de discentes de enfermagem em uma consulta de enfermagem atendendo um paciente gay e seu parceiro com sífilis em uma USF. Metodologia: O estágio supervisionado das discentes de enfermagem da FPS, foi realizado durante o 9º período de seus cursos, em março de 2024. Com a supervisam da preceptora, a enfermeira da USF, e a coordenadora do estágio supervisionado de enfermagem do curso, objetivando o reconhecimento da realidade do contexto social em que estavam inseridas. Resultado: Durante a consulta de enfermagem, as discentes estavam inseridas com o papel de ouvinte e observador. Foi perceptível, o déficit durante a atuação profissional de enfermagem na consulta, devido à falta de uma comunicação verbal e não-verbal efetiva, a negligência de educação de saúde e conhecimentos referentes a comunidade LGBTQIA+ e a inexperiência durante o preenchimento da notificação compulsória de sífilis. A falta de preparo pode gerar o sentimento de constrangimento referentes a sexualidade, parceria e a doença, consequentemente criando um estado de vulnerabilidade aos usuários. O enfermeiro quando não está apto para atender e acolher essa demanda, pode ocasionar fragilidades para essa comunidade. Portanto, é perceptível a necessidade do treinamento técnico-cientifico dos enfermeiros, como também, o aprimoramento da comunicação e fortalecimento de ações de saúde sem qualquer descriminação a comunidade LGBTQIA+. Considerações finais: O enfermeiro no serviço de saúde deveria ser a ponte para o acesso integral e equitativo à população LGBTQIA+, através do cuidado individual e coletivo, sem descriminação e minimizando os riscos de agravos à saúde e morbimortalidades dessa comunidade.