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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE TUBERCULOSE EM MENORES DE 15 ANOS NO ESTADO DO AMAZONAS, 2013-2022
Relatoria:
Raynara Pinheiro Lima
Autores:
  • Lara Bezerra de Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A tuberculose (TB) é um grave problema de saúde pública mundial. Em 2022, houve 10,6 milhões de casos de TB, incluindo 1,3 milhão em crianças. O Brasil é um dos países com alto índice da doença, registrando 80.369 casos e cerca de 5 mil óbitos em 2022, com crianças de 0 a 14 anos com maior risco de adoecimento. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de TB em menores de 15 anos no estado do Amazonas, no período de 2013-2022. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa de todos os casos novos registrados com TB em menores de 15 anos no Sistema de Informação de Notificação de Agravos (SINAN) no estado do Amazonas, no período de 2013-2022, sendo excluídos os casos que estiveram com a situação de encerramento em branco, ignorado e mudança de diagnóstico, sendo selecionadas as variáveis relacionadas às características sociodemográficas, clínicas e do tratamento e armazenados no Programa Microsoft Excel e analisados por meio de estatística descritiva no software Tableau versão 2023.3. Foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (Parecer: 6.645.656). Resultados: No período de 2013 a 2022 foram registrados 1.732 casos novos de TB em menores de 15 anos residentes no Amazonas. Dentre as características sociodemográficas, observou-se concentração de casos residentes em área urbana (79,85%), em menores de 10 anos (60,05%), sexo masculino (52,54%), raça parda/preta (70,3%), faixa etária não escolar (60,97%); Dentre as populações especiais, destacou-se a população indígena (13,57%); a maioria informou não receber nenhum benefício do governo (59,58%) e quanto aos agravos associados, 3% em AIDS. Entre as variáveis clínicas houve predomínio da forma clínica de TB pulmonar exclusiva (78,26%), enquanto as formas mistas e extrapulmonar corresponderam respectivamente à 4,50% e 17,21%, e dentre as formas extrapulmonares, 9,76% foram pleural e 5,60% ganglionar periférico. Conclusão: O estudo demonstra a importância de acompanhar e controlar a alta carga da doença no público infantil e adolescente, buscando medidas de diagnóstico e tratamento voltadas diretamente para essa população em especial, visando não apenas protegê-la, mas também prevenir a disseminação da doença na comunidade em que a mesma está inserida. Ressalta- se ainda a relevância de identificar o caso índice precocemente, que na maioria das vezes trata-se de um adulto familiar da criança, a fim de interromper a cadeia de transmissão.