Introdução: Os pacientes presentes em unidades de terapia intensiva estão criticamente doentes e geralmente em uso de sedativos ou em estado de coma, devem prover a esses pacientes cuidados imediatos e prevenir complicações. Nessa perspectiva, um cuidado essencial, em pacientes sedados ou em coma, é o ocular, pois uma complicação que estes apresentam é a incapacidade de manter os olhos fechados, estando assim sujeitos a lesões de córnea (Aragão et al., 2022). Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no processo de desenvolvimento de um protocolo de prevenção de lesões oculares em uma Unidade de Terapia Intensiva em um hospital regional no interior do Pará a partir da metodologia do Arco de Maguerez. Metodologia: Durante o Estágio Supervisionado em Unidade de Terapia Intensiva Adulto, que ocorreu em abril de 2024, os acadêmicos de enfermagem desenvolveram um protocolo operacional para prevenção de lesões oculares em pacientes de cuidados críticos. A partir do Arco de Maguerez, foram realizadas as seguintes etapas: observação da realidade, identificação de pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e aplicação. Resultados: Na observação da realidade, foi percebido que não era realizado nenhuma forma de cuidado ou higiene ocular com os pacientes da unidade intensiva. Seguindo para os pontos-chave os acadêmicos refletiram sobre os fatores de risco que os pacientes estavam sujeitos para desenvolver lesões oculares. Na etapa de teorização, buscou-se na literatura os principais riscos para falhas no mecanismo de defesa ocular entre pacientes críticos. Com base nessa etapa foram formuladas as hipóteses de solução, como medida resolutiva foi desenvolvido um protocolo operacional que descreve todo o manejo para prevenir e tratar lesões oculares. A última etapa corresponde à intervenção na realidade, onde os acadêmicos elaboraram um folder educativo com base no protocolo que contemplava a definição, indicações e como aplicar os cuidados oculares, este foi disponibilizado para a equipe de enfermagem e os demais profissionais da saúde presentes na unidade intensiva. Conclusão: O desenvolvimento do protocolo foi importante ao apontar uma problemática relevante que se faz presente no serviço de saúde, além de propor uma estratégia que traz melhorias na assistência prestada aos pacientes críticos, proporcionando assim um cuidado mais qualificado realizado pela equipe de saúde da unidade de terapia intensiva.