INTRODUÇÃO: Os desafios para prevenção de danos aos usuários dos serviços de saúde e prejuízos associados aos cuidados decorrentes de processos ou das estruturas da assistência é crescente, sendo necessário a atualização de protocolos específicos e medidas de prevenção para a redução das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde – IRAS. Nesse sentido, a estratégia primária efetiva para o controle e redução das IRAS é a Higienização das Mãos (HM), pelo baixo custo e eficácia comprovada, que impede a transmissão cruzada. Deste modo, a construção da Educação Permanente em Saúde (EPS), por meio da Política Nacional de Educação Permanente no Brasil, dialoga com a necessidade de implementação de estratégias que facilitem a adesão dos profissionais de saúde, no que diz respeito à prática efetiva de HM. OBJETIVOS: Relatar a experiência da educação permanente em saúde na prática da higienização das mãos. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre a atuação de enfermeiras da educação permanente em saúde, na temática de higienização das mãos, com profissionais de saúde da Atenção Primária e Especializada. As atividades foram divididas em quatro momentos: Momento I: revendo conceitos e planejamento; Momento II: intervenção no local – exposição dialogada, oportunidade de reflexão e aprendizado na prática cotidiana, com uso de simulação (caixa de simulação realística); Momento III: revisão teórico-prática do Procedimento Operacional Padrão (POP); Momento IV: debriefing e avaliação de reação. RESULTADOS: A experiência possibilitou a aquisição de novos conhecimentos e percepção das dificuldades que os profissionais possuem para a adesão da técnica correta de higienização das mãos, além de evidenciar a importância da educação permanente para a mudança no processo de trabalho dos profissionais. A realização das atividades permitiu a vivência de experiências significativas, contribuindo para o conhecimento da situação e incentivo a continuação de novos projetos que estimulem a educação permanente dos profissionais que atuam nas unidades de saúde. CONCLUSÃO: Esta experiência proporcionou a reflexão acerca da assistência à saúde, considerando a segurança do paciente e a biossegurança. O uso de metodologias ativas proporciona ao sujeito o protagonismo no processo e estimula a formação de facilitadores compromissados com o conhecimento. Entende-se a importância da continuidade das ações, a fim de trazer melhorias para a assistência à saúde.