Introdução: As lesões perianais são uma complicação comum e debilitante em pacientes submetidos à quimioterapia, frequentemente causando dor intensa, dificuldades no manejo das fezes e redução na qualidade de vida. A abordagem terapêutica convencional inclui o uso de cremes tópicos e medidas de cuidado local, mas a eficácia dessas opções é variável. A laserterapia, por ser indolor e não invasiva utilizando laser de baixa potência, tem sido investigada como uma intervenção promissora devido às suas propriedades fotoestimuladoras, analgésicas, anti-inflamatórias e de estímulo à cicatrização de feridas. Objetivos: Mostrar a evolução da cicatrização de paciente autista com diagnóstico de Leucemia não especificada que após o tratamento com o laser teve suas manifestações na pele perianal causados pela quimioterapia, cicatrizados de maneira acelerada em decorrência da terapia. Relato de caso: Paciente N.L.P.F., sexo feminino, 04 anos, portadora do transtorno do espectro autista e com Leucemia não especificada, em internação no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), com queixas dolorosas por ulceras similares a de pressão de estágio 2, localizada em região perianal com apresentação de tecido viável de epitelização, sem presença de exsudato, bordas regulares, aderidas e definidas e pele perilesional, íntegra de coloração sugestionável a ampliação da área da lesão, hidratada. Devido ao autismo, onde pouco conseguia ter uma comunicação efetiva, lhe causava comportamento choroso e de agitação, principalmente ao defecar ou urinar ou ao toque para medicação aplicada ao local. Tais manifestações não só causavam dificuldades para a paciente, como para a sua mãe e a equipe multiprofissional que a atendiam. O meio para recondicionamento da integralidade da pele e alívio da dor na paciente, foi o uso da fotobiomodulação, promovendo a remissão das lesões através da rápida cicatrização das lesões na região, por meio de 13 sessões de laserterapia de baixa potência com 1J de energia e 660 nm de comprimento de onda, em 14 pontos com intervalo de 24 horas entre as aplicações. Conclusão: O uso do laser de baixa potência apresentou-se como uma alternativa eficaz, de baixo custo e de ampla aplicação favorecendo no processo de cicatrização das ulcerações e na promoção da analgesia imediata local, permitindo que a paciente recuperasse da gravidade das feridas e diminuísse sua agitação por dor, promovendo qualidade, de vida e do seu atendimento multiprofissional.