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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
QUALIDADE DO SONO EM PESSOAS IDOSAS E FRAGILIDADE CLÍNICO-FUNCIONAL: UM ESTUDO TRANSVERSAL
Relatoria:
MATHEUS FIGUEIREDO NOGUEIRA
Autores:
  • Tainná Weida Martins da Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
Introdução: O processo de envelhecimento vem acompanhado de diversas alterações biopsicossociais e os problemas com o sono representam um dos principais motivos de queixas entre idosos. Ao considerar que a capacidade funcional é definida como a habilidade de realizar as atividades da vida diária de forma independente e que a sua associação com a qualidade do sono não está plenamente elucidada, abre-se margem para a proposição de uma investigação que vislumbre mais clareza a avaliação da relação entre tais parâmetros. Objetivos: Analisar a relação entre a qualidade do sono e a fragilidade clínico-funcional em idosos; estimar a prevalência das variações da qualidade do sono em idosos; e verificar a relação entre o perfil sociodemográfico com a qualidade do sono em idosos. Metodologia: Estudo epidemiológico observacional transversal e analítico, de desenho quantitativo, realizado no município de Cuité, no estado da Paraíba. Participaram 82 pessoas idosas residentes da zona urbana selecionadas intencionalmente. Para a coleta de dados foram utilizados: Questionário sociodemográfico, Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) e o Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20). Para testar a relação entre as variáveis foram utilizados os testes de associação de Qui-quadrado e Exato de Fischer, além do teste de correlação de Spearman. Também foi calculada a razão de prevalência (RP) do índice de qualidade do sono, com os respectivos intervalos de confiança (IC) a 95%. Foi considerada significância estatística quando p-valor inferior a 0,05. Resultados: Foi constatada maior prevalência da má qualidade do sono em pessoas idosas com 72 anos ou mais (RP = 1,36; IC 0,9-6,4); mulheres (RP = 1,31; IC 0,8-5,2); idosos com companheiro (a) (RP = 1,06; IC 0,3-2,0); em moradia compartilhada (RP = 1,24; IC 0,5-5,6); não alfabetizados funcionalmente (RP = 1,06; IC 0,4-2,9); e trabalhadores ativos (RP = 1,09; IC 0,3-4,5), não havendo associação estatisticamente significativa. Foi evidenciada associação e correlação entre a condição de fragilidade clínico-funcional dos idosos e a má qualidade do sono. Conclusão: Quanto mais frágil o idoso, pior a qualidade do sono, sinalizando a importância da incorporação da aplicabilidade de instrumentos para avaliar a fragilidade e a qualidade do sono na prática do enfermeiro, sobretudo por auxiliarem na identificação precoce de alterações e na promoção de medidas que visem manter a boa qualidade do sono e a robustez dessa população.