Com o aumento de óbitos decorrentes de doenças crônicas e a necessidade de uma reestruturação na Rede de Atenção à Saúde (RAS), tornou-se essencial novas abordagens para o tratamento de pacientes crônicos complexos. O uso de tecnologias leves se tornou uma resposta para suprir esta demanda, já que elas são baseadas no acolhimento, no vínculo, na autonomização, na responsabilização e na gestão do processo de trabalho. Com a implementação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) pelo Ministério da Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), as práticas integrativas (PICS) ganham destaque, principalmente entre enfermeiros, pois permite uma avaliação holística do indivíduo, fazendo com que haja mais facilidade na detecção de diagnósticos e no planejamento de intervenções. O seguinte artigo justifica-se devido a relevância do uso de PICS no tratamento físico e psicológico de doenças crônicas, pela autonomia dada ao paciente, além das vantagens fornecidas ao SUS, tendo o objetivo de analisar e sintetizar as evidências encontradas na literatura sobre as PICS mais utilizadas em hospitais de ensino e seus benefícios para os pacientes crônicos complexos internados nas unidades de tratamento. Este é um estudo exploratório com abordagem qualitativa, com marco temporal de 2019 a 2023, utilizando as bases de dados EMBASE, MEDLINE/PUBMED, LILACS, WEB OF SCIENCE, CINAHL e SCIELO, sendo realizada a seleção dos artigos pela plataforma Rayyan, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 5 artigos foram selecionados para a montagem do Quadro 1. Ao concluir a análise é possível dizer que a fitoterapia é a PIC mais aplicada nos pacientes (presente em 100% dos artigos), seguida pela musicoterapia (presente em 40% dos artigos), o reiki (presente em 20% dos artigos), a homeopatia (presente em 20% dos artigos), a acupuntura (presente em 20% dos artigos) e a auriculoterapia (presente em 20% dos artigos). Foi verificado que incorporar as PICS no cuidado de pacientes crônicos complexos podem trazer resultados benéficos aumentando a qualidade de vida do usuário, diminuindo demandas hospitalares e a pressão sobre os profissionais de saúde. Porém para se obter os resultados esperados, a falta de capacitação dos profissionais, precisará ser superada.