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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
PESSOAS COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: AVALIAÇÃO DAS CRENÇAS SOBRE O MONITORAMENTO DO PESO CORPORAL
Relatoria:
Daniele Mamédio de Andrade
Autores:
  • Ana Letícia Alves de Carvalho
  • Mariana Ingrid Lopes Dias
  • Maysa Severo Soares
  • Gerson Carvalho Vieira
  • Taciana da Costa Farias Almeida
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: a insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica, complexa e multifatorial, definida pela incapacidade de o coração bombear sangue em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo. Usuários com a enfermidade costumam ter dificuldades para reconhecer fatores de risco e sinais de descompensação, além de apresentarem baixa adesão à terapia não farmacológica. Entre as práticas de autocuidado, destaca-se o monitoramento do peso corporal, indicador que avalia o estado volêmico, resposta à terapia diurética e evita a descompensação clínica. Objetivo: avaliar as crenças de pessoas com Insuficiência Cardíaca sobre o monitoramento do peso corporal. Método: estudo descritivo-exploratório com abordagem quanti-qualitativa fundamentado na Teoria do Comportamento Planejado. Foram realizadas entrevistas estruturadas individuais com 30 pessoas diagnosticadas com insuficiência cardíaca, atendidas em Unidades de Saúde da Família, em junho de 2022, lotado em um município da Paraíba. A análise dos dados foi conduzida de forma descritiva e através de análise de conteúdo, seguindo as diretrizes da Teoria do Comportamento Planejado. Resultados e discussões: foram identificadas crenças comportamentais que ressaltam as vantagens de controlar o peso 19 (76%); acompanhar a saúde, sete (28%); e melhorar a qualidade de vida, seis (24%); sem mencionar desvantagens. Em relação às crenças normativas, os filhos 17 (68%) e o cônjuge 10 (40%) mostraram-se as pessoas com maior influência positiva sobre o comportamento analisado, sem que fossem citados aspectos negativos. No que diz respeito às crenças de controle, as facilidades mencionadas incluíram a disponibilidade de balanças, cinco (20%); proximidade de unidades de saúde 14 (56%) e farmácias próximas à residência 12 (48%). Como fatores que dificultam esse autocuidado, foram apontados a falta de tempo, cinco (20%) e a distância de locais com balanças, cinco (20%). É essencial entender as crenças dos pacientes para melhorar a abordagem educativa, aumentando a motivação e adesão às terapias não medicamentosas. Além disso, a implementação de programas para fornecer balanças pode incentivar o monitoramento do peso e, assim, beneficiar a saúde. Concluiu-se que as crenças positivas identificadas devem ser reforçadas e incentivadas, além de ser necessária a implementação de intervenções que melhorem a prática de monitoramento do peso, com o objetivo de reduzir a morbimortalidade e proporcionar qualidade de vida.