INTRODUÇÃO: A assistência à saúde de pessoas em situação de rua (PSR) é um desafio complexo devido às múltiplas vulnerabilidades enfrentadas por essa população, como condições de saúde precárias, barreiras ao acesso aos serviços e exclusão social. O enfermeiro da atenção básica exerce um papel crucial nesse cenário, sendo responsável por conceder cuidados contínuos e acessíveis, promovendo não apenas a saúde física, mas também a dignidade e o bem-estar desses indivíduos. OBJETIVO: Expor a importância do enfermeiro da atenção básica na assistência a PSR, identificando as principais demandas de saúde dessa população e propondo estratégias para melhorar o atendimento. MÉTODO: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, utilizando bases de dados como Scielo e PubMed, e consulta a sites governamentais, os descritores: Atenção Básica, Enfermagem, Situação de Rua foram utilizados para buscar estudos que explorassem a atuação do enfermeiro na assistência a essa população. Foram selecionados artigos que discutiam práticas de cuidado, desafios enfrentados e estratégias eficazes de intervenção. DISCUSSÃO: Por ser a porta de entrada do SUS, o enfermeiro da APS deve ter um papel inclusivo e escuta qualificada, para assim criar um vínculo com o usuário. Ao analisar os artigos, observou-se que é muito baixa a produção científica acerca do tema, demonstrando a invisibilidade sobre essa temática, apesar da instituição da Política Nacional para a População em Situação de Rua (PNPSR). Mesmo assim, foi possível identificar nos artigos os principais obstáculos para assistência a PSR, como a dificuldade que o enfermeiro encontra em estabelecer o vínculo com a PSR, a necessidade de apresentação de documentos pessoais e endereço, a falta de estrutura da APS em alguns locais, além disso, ocorre, por parte de alguns profissionais a discriminação e o preconceito em relação a PSR. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A assistência à saúde de PSR enfrenta desafios complexos devido às múltiplas vulnerabilidades dessa população. O papel do enfermeiro da atenção básica é crucial,mas existem desafios e para superá-los, é essencial flexibilizar exigências documentais, capacitar os profissionais para uma abordagem sem preconceitos e fortalecer a infraestrutura da APS. O fortalecimento do papel do enfermeiro na atenção básica é vital para enfrentar esses desafios, sendo assim, urgente um compromisso coletivo para garantir que essa população receba cuidados adequados e dignos.