Introdução: Os enfermeiros desempenham um papel importante no processo de saúde-doença, sendo frequentemente os profissionais mais próximos dos pacientes, tanto em casos de enfermidade física quanto mental. Objetivo: O objetivo deste artigo é examinar a relação entre discriminação social e a busca por tratamento de pessoas com transtornos mentais, destacando o papel da Enfermagem na reinserção desses indivíduos na sociedade. Métodos: A metodologia adotada foi uma revisão integrativa da literatura baseada em trabalhos científicos. Utilizaram-se as bases de dados online da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico, com os descritores "saúde mental", "enfermagem", "preconceito", "transtorno mental" e "estigma", combinados com operadores booleanos AND e OR. O período de busca foi delimitado nos últimos 5 anos. Foram incluídas publicações em português, inglês e espanhol, disponíveis na íntegra, que tivessem como tema central a saúde mental no contexto da enfermagem. Excluíram-se dissertações, teses, TCCs, artigos de opinião, revisões de literatura e relatos de experiências. Resultados e Discussão: A pesquisa na BVS selecionou 6 trabalhos, e no Google Acadêmico, 6 artigos relevantes, totalizando 12 artigos. Constatou-se que os transtornos mentais podem resultar de distúrbios biológicos, sociais, psicológicos, genéticos, físicos ou químicos, e o estigma social interfere na adesão ao tratamento e na recuperação fora das instituições, sendo que a enfermagem em saúde mental deve oferecer conhecimento especializado, apoio e supervisão, promovendo abordagens colaborativas aos pacientes. A educação profissional é fundamental para combater o estigma, pois barreiras como medo, falta de conhecimento e preconceito impedem a busca por tratamento, e o apoio aos enfermeiros psiquiátricos é crucial para fortalecer o conhecimento em saúde mental, beneficiando profissionais, pacientes e comunidades.. Considerações finais: Conclui-se que a saúde mental é essencial para o bem-estar geral. O estigma associado a transtornos psíquicos impede muitos de buscar tratamento, levando à exclusão social e falta de aceitação, além de agravar outros transtornos como a ansiedade. Portanto, é necessário um cuidado mais abrangente que promova a reinserção dos pacientes. O enfermeiro, através da educação em saúde e metodologias ativas, pode ajudar a quebrar essas barreiras estigmatizantes.