INTRODUÇÃO: A pré-eclâmpsia (PE) configura-se como a segunda principal causa de morte materna mundial e é caracterizada pela elevação pressórica sistólica =/>140 mmHg e/ou diastólica =/>90 mmHg na gestação associada à proteinúria (maior ou igual a 3 g/dia), ou disfunção em órgão-alvo, após a 20ª semana de gravidez em mulheres previamente normotensas. Apesar de sua prevalência ser maior no período gestacional, também pode se manifestar no período puerperal, o que requer vigilância contínua para prevenir intercorrências. OBJETIVO: Descrever a experiência da assistência de enfermagem pós-parto voltada para mulheres com PE. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, acerca das condutas realizadas por enfermeiras na unidade de puerpério de uma maternidade de referência em Fortaleza-CE, em abril de 2024. RESULTADOS: Ao ser admitida na enfermaria de puerpério, as puérperas eram avaliadas quanto ao nível de consciência e orientação, sinais vitais como pressão arterial (PA), temperatura, frequência cardíaca e respiratória. Além disso, eram avaliados os dispositivos invasivos em uso e suas queixas. A curva pressórica (avaliação da PA a cada 4 horas) era rotina no setor e nos casos de PA de difícil controle e/ou sinais e sintomas de iminência de eclâmpsia, era administrado sulfato de magnésio, mantido por 24h, e inserido cateter vesical de demora para monitorização do débito urinário. Além disso, era realizado o exame físico céfalo-caudal, com foco na avaliação das mamas, bem como a saída de colostro e disposição para amamentação, além da identificação do globo de segurança de Pinard e a quantidade e frequência do sangramento pós-parto, bem como a avaliação da movimentação dos membros inferiores e o estímulo à deambulação, caso não estivesse restrita ao leito em sulfatoterapia, para evitar eventos tromboembólicos. Não obstante, as mulheres receberam orientações, no momento da alta, sobre os cuidados pós-parto, o que inclui o controle da PA e o uso de anti-hipertensivos quando prescrito, repouso e alimentação saudável, sinais de alerta de complicações e retorno para revisão de parto. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O cuidado de enfermagem é essencial no processo saúde e doença de puérperas com PE. Por se tratar de uma doença grave, o estabelecimento de um plano de cuidados voltado não somente para o controle, como também para identificação precoce de sinais de gravidade foram essenciais para o manejo adequado dessas pacientes.