Introdução: O câncer do colo do útero se caracteriza por alterações uterinas em decorrência da infecção causada pelo Papilomavírus Humano, um vírus sexualmente transmissível que tem uma alta taxa de incidência e mortalidade entre as mulheres. No Brasil, a taxa de mortalidade por câncer do colo do útero foi de 4,60 óbitos/100 mil mulheres, em 2020. A doença pode ser prevenida e tratada por meio do diagnóstico precoce através do exame papanicolau, realizado em sua maioria pela(o) enfermeira(o), que desempenha uma função indispensável na prevenção do câncer do colo do útero. Objetivo: Identificar as dificuldades para realização da prevenção do câncer do colo de útero na atenção primária e sua eficácia à saúde da mulher. Metodologia: Trata-se de uma Revisão integrativa da literatura, realizada Biblioteca Virtual de Saúde, no mês de julho de 2024. A busca do material científico ocorreu com a utilização dos descritores: Neoplasias do Colo do Útero, Prevenção e Atenção Primária à Saúde, combinados com o operador booleano “AND”, encontrando 609 artigos. Os estudos incluídos aconteceram nos últimos cinco anos, nos idiomas em português, inglês e espanhol, e após aplicação desses critérios foram selecionados 63 artigos. Em seguida, foi realizada a leitura dos títulos e resumos, sendo excluídos os duplicados e que não se encaixam na temática. Resultado: Foram selecionados 11 artigos. Verificado pouca adesão das mulheres ao rastreio citológico, acompanhada da baixa escolaridade que pode ter como consequência o acesso insuficiente à informação, difícil acesso a unidade de saúde e baixo nível socioeconômico. Além destes, a falta de um ambiente acolhedor, seguro e empático por parte das(os) profissionais da Atenção Primária da Saúde, que não prestar a saúde da mulher de forma integral, perdendo de fazer o rastreio oportunístico, o que iria favorecer o diagnóstico precoce e diminuir o índice de diagnóstico tardio e mortalidade. Conclusão: A aplicação do protocolo da prevenção do câncer do colo de útero não ocorre satisfatoriamente na prática, necessitando de capacitação das(os) profissionais para conseguirem acolher todas as demandas da paciente e assegurar a intimidade e a privacidade da mesma. Como também, a realização de educação em saúde, abordando temas sobre a saúde da mulher, levando a informação de forma segura e assim conseguindo uma boa prevenção e contribuindo para o seu autocuidado.