Introdução: A estomia é um procedimento cirúrgico que tem por objetivo a exteriorização de um órgão, criando uma abertura artificial no corpo. As patologias congênitas e neoplasias, são as principais causas que levam o RN a necessitar de um estoma. Embora a ostomia tenha um benefício terapêutico, se não for bem tratada, pode evoluir para complicações, como: infecções e traumas, que além de adiar a reversão do estoma podem prejudicar a saúde da criança. Nesse sentido, evidencia-se a necessidade da atuação do enfermeiro em conjunto com a família, para prevenção de complicações e propiciar um processo menos doloroso. Objetivos: Analisar, à luz da literatura, as percepções dos enfermeiros na assistência em neonatos com estomias. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada na Biblioteca Virtual de Saúde, nas bases de dados LILACS e SCIELO e no Google Acadêmico. Os descritores aplicados para a busca foram: neonato; estomia; enfermagem. Foram utilizados seis artigos, entre eles o operador booleano AND. Publicados entre os anos 2018 e 2023, em inglês e português, excluídas teses, dissertações e nota técnica. Resultados: Diante dos estudos analisados, nota-se que os artigos apresentam que os enfermeiros exercem um papel fundamental no auxílio do cuidado ao RN para garantir o apoio emocional, acolhimento, vínculo e instrutivo. Entretanto, há indisponibilidade de material para tratamento das estomias, dificuldade no manejo de dispositivos e a falta de capacitação para os profissionais, o que eleva as complicações para o paciente. Para isso, há a necessidade de um planejamento de cuidado, recursos em maior quantidade, capacitação e educação permanente dos profissionais de saúde. Visto que a família que recebe orientações de forma adequada e precocemente, diminui as chances de reinternações por complicações com a estomia. Conclusão: A assistência de enfermagem aos neonatos com estomas é indispensável para melhorar a qualidade de vida e cuidados prestados. No entanto, a falta de conhecimento e habilidade dos profissionais de enfermagem no manejo dos dispositivos de estomia representa um desafio. Para superar essas dificuldades, é essencial investir em capacitação contínua e educação permanente da equipe. Ademais, uma abordagem holística, plano estratégico e a participação ativa da família, favorecem a recuperação e o bem-estar dos neonatos estomizados e tornando a assistência ao RN ostomizado cada vez melhor.