Introdução:A Reforma Psiquiátrica no Brasil emergiu contemporaneamente ao movimento sanitário dos anos 70, que defendia mudanças nos modelos de gestão e atenção nas práticas de saúde. Este movimento buscava promover a equidade dos serviços, a saúde coletiva e o protagonismo dos usuários e trabalhadores dos serviços de saúde. A Reforma Psiquiátrica, especialmente com a promulgação da Lei 10.216, visou substituir o modelo manicomial por uma rede de serviços baseada na territorialização e na criação de novos espaços sociais. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são a principal estratégia dessa reforma, oferecendo atendimento intensivo e diário aos portadores de transtornos mentais e seus familiares. Objetivo:Analisar a atuação dos enfermeiros nos Centros de Atenção Psicossocial. Método:Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, conforme proposto por Ganong (1987). Esse método contribui para a sistematização e análise dos resultados, visando à compreensão de um tema específico a partir de outros estudos independentes.Resultados e Discussão:O cuidado em saúde mental é um tema cada vez mais discutido devido ao avanço da Reforma Psiquiátrica, que prioriza o cuidado integral, a liberdade e a promoção da autonomia dos pacientes. Nos CAPS, os enfermeiros desempenham um papel crucial, assistindo pacientes, orientando sobre saúde mental e ajudando na aceitação do tratamento. Eles também atuam como agentes psicoterapêuticos e socializadores, colaboram na seleção de pessoal, participam de ações de saúde mental e utilizam recursos terapêuticos disponíveis. Além disso, os enfermeiros intervêm em momentos de crise e realizam visitas domiciliares, garantindo um cuidado humanizado e eficaz. Considerações Finais:Os enfermeiros desempenham um papel fundamental no cuidado de pacientes com transtornos mentais, especialmente após a Reforma Psiquiátrica, que transformou a abordagem da enfermagem e a inseriu em atividades terapêuticas. Nos CAPS, suas atividades se concentram em atender às necessidades dos pacientes, auxiliando na aceitação do tratamento e promovendo uma relação empática e holística.A comunicação ativa e a construção de vínculos de confiança são essenciais para a eficácia da assistência de enfermagem nesses contextos.