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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
PERCEPÇÃO DAS DIFICULDADES E FRAGILIDADES REFERENTES À ASSISTÊNCIA EM SAÚDE DE CRIANÇAS EXCEPCIONAIS
Relatoria:
Ana Jéssica Silva Damasceno
Autores:
  • Lígia Xavier de Lima
  • Jade Maria Albuquerque de Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A vivência da família de uma criança com deficiência é marcada por muitas mudanças evidenciadas pela busca de assistência, acarretando na necessidade de um melhor acesso aos serviços de saúde e aos profissionais qualificados. OBJETIVO: Identificar as principais dificuldades e fragilidades vivenciadas no atendimento às crianças com deficiência nos serviços de saúde. MÉTODO: Trata-se de um estudo qualitativo, desenvolvido com 24 cuidadores de crianças com deficiência acompanhadas em uma Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) localizada no interior do Ceará. A pesquisa foi realizada no período de agosto de 2019 a fevereiro de 2020, através de entrevista semiestruturada. A análise das informações foi guiada pela Análise de Conteúdo de Bardin, através do processo de categorização, utilizando-se como ferramenta auxiliadora o software Nvivo 12. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Vale do Acaraú. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da análise foram definidas as seguintes categorias: a) Dificuldades vivenciadas no atendimento às crianças com deficiência nos serviços de saúde e b) Percepção dos cuidadores sobre as fragilidades da assistência em saúde. As principais dificuldades relatadas no acesso à saúde foram: preconceito, questões financeiras, demora na espera de consultas, atendimento prioritário não respeitado, obtenção medicamentos, infraestrutura inadequada dos serviços, bem como acesso a transporte. Também elencaram-se fragilidades no acompanhamento pelas Redes de Atenção, como o desconhecimento dos serviços disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde para acompanhamento da criança, além da busca por serviços prioritariamente com o surgimento de processos agudos de doenças, deixando ações e estratégias de promoção da saúde em segundo plano. Além do mais, a atenção primária foi mencionada apenas como ambiente de referenciamento e não parte da rede de assistência e de cuidado continuado. O uso da atenção secundária foi referido como prevalente, porém foram exprimidos alguns sentimentos de insatisfação com o atendimento especializado além da escassez de vagas ofertadas pelos serviços. CONCLUSÃO: Mediante o exposto, acredita-se que os resultados desta pesquisa beneficiam trabalhadores da saúde, tendo em vista que fomenta reflexões acerca de sua prática profissional no atendimento à criança com deficiência e seus cuidadores, objetivando a melhoria da qualidade de assistência a esse público.