INTRODUÇÃO: A enfermagem atua em diversos níveis de atenção no cuidado à saúde. Nesse sentido, a conduta dela deve atender aos diversos pacientes e suas demandas, dentre elas estão as pessoas com estomas, isto é, com órgão exteriorizado, as quais precisam de atenção e assistência adequadas, por estarem lidando com novos desafios ligados ao corpo e autocuidado. Com isso, é importante analisar se os enfermeiros da atenção básica, imprescindíveis para promoção do bem-estar ao paciente, estão aptos a suprir as necessidades dos pacientes integralmente. OBJETIVO: Explorar, através da literatura, a importância do conhecimento de enfermeiros sobre a assistência a pessoas ostomizadas na Atenção Primária à Saúde (APS). MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a pesquisa foi realizada na Biblioteca Virtual de Saúde, nas bases de dados: LILACS e BDENF, para realização da pesquisa foram utilizados os descritores em saúde: “estomia” AND “enfermagem” AND “atenção primária à saúde”, como critério de inclusão foram utilizados textos publicados nos últimos 5 anos, foram encontrados 9 artigos em português, dos quais 3 se enquadraram ao tema e foram analisados na íntegra. RESULTADOS: Dos artigos analisados, percebe-se que o conhecimento dos enfermeiros na atenção básica não é satisfatório, pois há encaminhamento dos pacientes para hospitais de referência, o que prejudica a continuidade da assistência, no que diz respeito à utilização de bolsas de estomia, adjuvantes e à realização do autocuidado. E que por falta de treinamento específico na APS, o cuidado a esses pacientes acaba sendo centralizado. Destaca-se também, que as capacitações dos enfermeiros da APS, para atenção à pessoa com estomia, apresentam benefícios para o profissional, como aumento de confiança, segurança e precisão no atendimento, diminuindo o número de erros. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A educação continuada dos enfermeiros da APS no cuidado à pessoa com estomia é de grande importância para a continuidade da assistência, pois reflete no desenvolvimento do autocuidado e a adaptação dessa pessoa após a alta hospitalar para o ambiente doméstico. No entanto, a falta de treinamento específico e proximidade com a área por parte dos profissionais de Enfermagem na APS torna dificultosa a assistência ao paciente com estoma. Portanto, é necessário promover capacitações para a equipe de APS para que os enfermeiros possam atender integralmente as necessidades de pessoas com estomas na atenção básica.