Introdução: A contaminação por bactérias patogênicas é uma das principais causas das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) no ambiente hospitalar, podendo ser desencadeadas pela higienização e limpeza incorreta das superfícies. Objetivo: Investigar quantitativamente as bactérias encontradas em uma unidade hospitalar. Metodologia: Esta pesquisa é quantitativa, exploratória e laboratorial, sob nº do parecer do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Tocantins: 6.240.203. As amostras foram provenientes do Hospital Dr. Ostillo Araújo de Araguatins, Tocantins, do Leito (LO1, LO2, LO3), Equipo (EO1, EO2, EO3), Porta (P01, P02, P03) e Eletrocardiograma (EL01, EL02, Elo3) da Clínica Médica (CM) e no Pronto Socorro (PS), em cada setor coletou-se três amostras de cada local com distância de 10 cm2. Posteriormente, realizou-se a diluição seriada em duplicata de cada ponto de coleta. Fez-se uso do Ágar MacConkey (MC), e o Ágar Nutriente (NA), aplicando o método de estriamento em placas de petri para cada diluição seriada, levadas à estufa, a 37ºC por 24 horas. Em seguida fez-se o cálculo das Unidades Formadoras de Colônia (UFC), Coloração de Gram, e aplicação do teste t student com uso do Bioestat 5.0. Resultados e Discussão: Na Clínica Médica (CM), utilizou-se as coletas do Equipo (EO12-MC) e Leito (LO21-AN; LO22-AN). Do Pronto Socorro (PS), as amostras foram provenientes do Leito (LO11-NA; LO12-NA; LO32-NA). A média de Unidades Formadoras de Colônia (UFC) foi de 233,6, com desvio padrão de 56,2, variando entre 162 na CM e 290 no PS, e mediana de 229. A média das UFC nos setores analisados foi de 22,4 UFC/cm², excedendo em 54,02% o limite da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que é de 10,3 cm². Entretanto, o teste t student mostrou que este resultado não é significante (p=0.07). Das amostras, 75% foram Gram-positivas e 25% Gram-negativas, com variações na forma entre coco (50%) e estreptococos (50%) na CM, e estreptococos e estafilococos no PS. Considerações Finais: A quantidade de bactérias encontradas no ambiente hospitalar estudado, traz a necessidade da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) realizar o monitoramento da limpeza e desinfecção dos setores, auxiliando na promoção a saúde dos pacientes que se encontram internados, dos acompanhantes, e de toda a equipe que trabalha e presta serviços ao hospital, sendo os enfermeiros atuantes nas práticas de controle as infecções em unidades de saúde.