INTRODUÇÃO: A violência doméstica é um fenômeno que não distingue classe social, raça, etnia, religião, orientação sexual, idade e grau de escolaridade. De acordo com a Lei n° 11.340/ 2006, o art. 5º, da Lei Maria da Penha, violência doméstica e familiar contra a mulher é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”. OBJETIVO: analisar a atuação do enfermeiro no atendimento a vítimas de violência doméstica, destacando as competências necessárias, os desafios enfrentados e as estratégias adotadas para proporcionar um atendimento integral e humanizado. METODOLOGIA: Foi selecionado seis artigos no Google Acadêmico, sciELO e Enfermagem em Foco, que abordam a atuação do enfermeiro no atendimento a vítimas de violência doméstica. RESULTADOS: Assim sendo, os enfermeiros devem estar preparados para atuar não apenas na saúde física da vítima, mas também no apoio emocional e psicológico necessário para vencer o trauma da violência, pois na maioria das vezes são os primeiros profissionais da saúde a ter contato com a vítima. É essencial que os enfermeiros possam identificar sinais de violência e realizar um atendimento humano, valorizando os sintomas observados e ocultados pela paciente. A capacitação do enfermeiro para atuar nesta situação é imprescindível, a fim de proporcionar intervenção precoce diante do diagnóstico e realização dos procedimentos necessários, como fazer a notificação compulsória, encaminhamentos e acompanhamentos adequados. Enfim, para o enfrentamento efetivo da violência doméstica, é preciso oferecer recursos que possam ajudar a vítima sem julgamentos, respeitando suas decisões no contexto vivencial. CONCLUSÃO: Em face do cenário atual, é possível notar que a violência doméstica contra a mulher é um grave problema social que ainda persiste no Brasil. Além disso, é fundamental capacitar os profissionais da saúde, em especial os enfermeiros, para identificar e atender de maneira adequada às vítimas de violência doméstica, sendo a notificação compulsória uma das ferramenta importante para retirar os casos de violência da invisibilidade e possibilitar ações de proteção e garantia de direitos, para isso é necessário aprimorar as estruturas e organizações de atendimento para qualificar o cuidado com as vítimas e buscar alternativas para romper o ciclo de violência.