INTRODUÇÃO: A Gestão de Risco hospitalar resulta em aplicação sistêmica e contínua de iniciativas, procedimentos, condutas e recursos na avaliação e controle de riscos e Eventos Adversos que afetam a segurança e a saúde humana. Dentre os riscos na Unidade de Terapia Intensiva, o de Integridade de Pele Prejudicada, pode ser elencado como prioritário, sendo um Diagnóstico de Enfermagem correlacionado à imobilização física, alterações de temperatura, umidade, medicamentos, excreções e/ou secreções e extremos de idade. Além de outras condições, como proeminência esquelética, fatores imunológicos e de desenvolvimento, sensibilidade, estado metabólico, circulação periférica, nutrição e mudança hormonal. O rastreio e categorização desse risco pode ser feito por diversas ferramentas, dentre elas, a escala de Braden. OBJETIVO: descrever o perfil de pacientes e suas lesões de pele, de origem hospitalar. MÉTODO: Estudo transversal, prospectivo, de abordagem quantitativa, com pacientes de um Hospital Universitário campo de residência multiprofissional, considerado referência para cuidados críticos no estado do Rio Grande do Norte. RESULTADOS: 58 pacientes, com predominância masculina, idade média de 63,1 anos, sem parceiros, com filhos, e quase que a totalidade com até 11 anos de escolaridade. Não houve perda de seguimento dos pacientes incluídos no estudo. No que refere ao perfil clínico e comorbidades, a primeira e mais frequente foi a Hipertensão Arterial Sistêmica, seguida de Tabagismo, Diabetes Mellitus, Etilismo, Dislipidemia, e por fim, Obesidade. Dentre os participantes, 21 apresentaram Eventos Adversos na pele. O Coeficiente de Incidência foi de 15,21%. Os Eventos Adversos mais frequentes: exposição de derme, hematoma, flebite, lesão por pressão, lesão por dispositivo médicos e por umidade/ flictena. Esse estudo trouxe uma taxa de 27,6% de lesão por pressão. O percentual de flebite nos pacientes sob uso de cateter venoso periférico foi de 5,17%. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É necessário desenvolver estratégias que minimizem os riscos relacionados ao uso de dispositivo médicos, oferta de cuidado mais seguro e manutenção pelo menor tempo possível, enquanto indispensável ao tratamento, dentro dos limites da condição clínica de cada indivíduo assistido. Reforça-se a necessidade urgente de mecanismos mais eficientes de prevenção de Eventos Adversos, por se configurarem falha na assistência e fator de impacto da vida desses pacientes.