Introdução: A endometriose é uma doença ginecológica silenciosa que atinge cerca de 10% da população feminina. Contudo, é um assunto pouco discutido na sociedade, levando assim a falta de conhecimento das mulheres. Dito isso, torna-se relevante e de suma importância o entendimento dos seus sinais e sintomas com vistas a um diagnóstico precoce da doença. Objetivo: Verificar o conhecimento das mulheres sobre a endometriose de uma Unidade de Saúde da Família de uma cidade do interior do Pernambuco. Método: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, prospectivo, com abordagem qualitativa realizado com 23 mulheres da faixa etária de 18 à 44 anos entre março à abril de 2024 com aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Integração do Sertão com número de parecer: 6.720.502. Resultados e Discussão: Em relação à faixa etária: 69,21% estavam entre 25 e 34 anos. 69,56% se autodeclararam pardas, solteiras e com o ensino médio completo. Quanto à renda: 47,82% não possuem renda fixa seguido de mulheres com até um salário mínimo com 34,78%. No tocante ao conhecimento, de um lado sobre a doença: 56,52% disseram ter ouvido falar sobre a endometriose, citando como principais características: dor no útero, cólica menstrual intensa, aumento do tecido que reveste o útero e problema de infertilidade ao passo que 43,48% afirmaram desconhecer a doença. Do outro, em se tratando dos sinais e sintomas, 56,52% citaram: dor em geral, dor na relação sexual, cólica e infertilidade. 65,21% das participantes ainda apontaram que não conhecem e não tem o diagnóstico dessa doença. Quanto à educação em saúde, 34,79% declararam que na unidade de saúde houve palestra sobre o tema e que foi realizada pelo enfermeiro, enquanto 65,21% declaram não ter recebido nenhuma orientação a respeito do assunto. Conclusão: O presente estudo revela a lacuna educacional/informacional das mulheres acerca da endometriose. Na maioria são mulheres jovens que já ouviram falar no assunto, porém, não conseguem definir com precisão o que é a doença, no que diz respeito aos sinais e sintomas. Espera-se que este estudo contribua como fonte de pesquisa tanto para a população acadêmica, quanto para os profissionais de saúde, e particularmente, para a população feminina com mais periodicidade.