Introdução: As enfermeiras obstétricas impactam positivamente na redução das taxas de cesárea, proporcionando o desenvolvimento da autonomia da mulher como protagonista do seu parto. A residência em enfermagem obstétrica tem a finalidade de preparar os enfermeiros para abordarem o cuidado à mulher com mais empatia, integrando tecnologia apropriada e permitindo que a mulher recupere o controle sobre sua saúde reprodutiva, especialmente durante o momento do parto. Durante o período gravídico-puerperal, é crucial um atendimento multiprofissional eficaz, que deve identificar rapidamente complicações e emergências, mesmo em maternidades de baixo risco, garantindo uma assistência de qualidade e segura, com a colaboração de todos os profissionais envolvidos. Objetivo: Descrever a assistência em maternidade de baixo risco por alunas residentes de enfermagem obstétrica. Método: Relato de experiência a partir de vivências em maternidades de risco habitual de dois municípios do estado do Paraná, por enfermeiras do programa de residência em enfermagem obstétrica de uma universidade do sul do Brasil. Resultados: Os residentes foram recepcionados em duas maternidades do estado do Paraná, no qual passaram dois meses em cada campo de estágio. As gestantes que chegavam eram classificadas no pronto atendimento pelos residentes de enfermagem e posteriormente liberadas, encaminhadas ou internadas para a resolução de gestação. Pacientes que estavam em trabalho de parto permaneciam em salas individuais, nos leitos de pré-parto, no qual o residente permanecia durante todo o trabalho de parto acompanhando a evolução com auxílio de métodos para alívio da dor, como por exemplo bola de pilates, rebozo, chuveiro, banheira e massagem. Em sua maioria os trabalhos de parto foram assistidos pelo residente de enfermagem obstétrica, equipe de enfermagem e médico obstetra. Os partos foram conduzidos de forma humanizada, respeitando o direito da gestante em escolher a posição que se sentisse mais confortável para o parto e oferecendo suporte durante a hora de ouro na primeira amamentação. Considerações Finais: Acreditamos que a experiência colaborou com o cuidado da parturiente somado ao aprendizado de práticas para uma abordagem menos intervencionista e mais centrada na saúde e no bem-estar da mãe e do recém-nascido. Nesse contexto a enfermeira obstetra possui um papel fundamental na assistência ao parto de risco habitual, atuando na linha de frente dos cuidados no parto e pós-parto.