Introdução: A Diabetes Mellitus (DM) ocupa o segundo lugar entre as doenças crônicas com maior incidência no Brasil. Em consonância, há uma porcentagem maior de negros acometidos de DM se comparado a população branca, com um excedente de 9,1%, ocasionado, sobretudo, pelas condições socioeconômicas e baixa escolaridade. Nesse contexto, as Práticas Integrativas e Complementares (PICS) institucionalizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) podem ampliar as abordagens do cuidado, proporcionando maior resolutividade na atenção à saúde. Assim, o uso da fitoterapia contribui para o tratamento, destacando o efeito positivo da Cissus sicyoides. Objetivo: Relatar a experiência de discentes de Enfermagem em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) acerca do uso de fitoterápicos no tratamento de pacientes com DM. Metodologia: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, elaborado a partir de uma ação de Educação em Saúde realizada em uma UBS localizada em uma comunidade remanescente quilombola do município de Arapiraca - AL, proposta pela disciplina de “Atividade Curricular de Extensão” por discentes de Enfermagem. A atividade teve duração de 3 horas e foi direcionada a usuários com DM. Durante a ação, foi exposta a importância do uso da fitoterapia como cuidado complementar no tratamento e, posteriormente, a realização de uma atividade interativa relacionada ao tema. Os materiais utilizados durante a prática foram banner ilustrativo e alimentos hipoglicêmicos. Resultados e discussão: A rede de saúde precisa implementar mais efetivamente a utilização das PICS a fim de ofertar um serviço integral, compreendendo as nuances da população. Diante disso, a participação dos discentes na atividade contribuiu para o desenvolvimento de reflexões mais humanitárias no cuidado da atenção básica, visto que as PICS compõem 78% dessa rede. Por isso, a ação na UBS da comunidade foi crucial para o acesso e maior percepção sobre o tratamento complementar. Ademais, a Cissus sicyoide, teve seus efeitos hipoglicemiantes comprovados em pacientes com DM tipo II e é o início de novos e futuros estudos na linha das terapias complementares especialmente da fitoterapia, além de ser reconhecida pelo Ministério da Saúde. Considerações finais: A prática vivenciada pelos discentes permitiu uma maior compreensão acerca da relevância do tratamento complementar visto que proporciona um cuidado holístico da comunidade, evidenciando que tais aspectos devem ser considerados na assistência de qualidade.