Introdução: O acesso às informações relacionadas aos fatores de risco de doenças de alta prevalência, como o Diabetes Mellitus (DM), é uma realidade de estudantes universitários da área de saúde. Entretanto, observa-se a presença de comportamentos prejudiciais à saúde nesta população, sendo a rotina e contexto sociocultural da vivência universitária, justificativas atribuídas para estes comportamentos. Objetivo: Analisar a prevalência de fatores de risco comportamentais para DM entre discentes de enfermagem de uma universidade pública da Bahia. Método: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal, realizado entre os meses de março a maio de 2024. Os participantes foram os discentes do curso de enfermagem da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). A coleta dos dados foi realizada por meio da aplicação de um formulário pelo Google Forms. Os dados foram analisados através do software SPSS e apresentados através de frequências absolutas e relativas. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFRB e aprovada com o parecer de número 4.829.292. Resultados: Foram entrevistados 55 discentes, sendo majoritariamente 92,73% mulheres cisgênero, autodeclaradas negras (81,8%) com idade entre 19 e 38 anos. Quase metade das discentes afirmaram não praticar exercícios físicos (47,3%) e 92,73% relataram dieta com alimentos de alto grau de processamento. Sabe-se que o consumo desse tipo de alimento está associado à maior incidência de desenvolvimento de DM. Além disso, o sedentarismo e a má alimentação estão entre os fatores de predisposição ao DM com maior grau de agravamento pós pandemia de Covid-19, devido às repercussões psicossociais deste período. Apesar da baixa incidência de consumo exagerado de álcool e do tabagismo - 16,4% e 7,3%, respectivamente, a presença desses fatores de risco é justificada pelo alto grau de prejuízos à saúde que o consumo dessas substâncias pode trazer. Considerações Finais: Estudos com estudantes universitários são necessários devido à alta exposição a comportamentos de risco à saúde. Através deste, foi possível identificar fatores de risco comportamental entre os estudantes de enfermagem de uma universidade federal na Bahia. Assim, estas investigações podem favorecer a reflexão sobre a necessidade de controle dos fatores de risco comportamentais associados ao DM, que contribuem para a diminuição de sua incidência.