Introdução: É considerado idoso aquelas pessoas na faixa etária superior a 60 anos em países em desenvolvimento e, igual ou superior a 65 anos em países desenvolvidos, independente de suas condições físicas e/ou psicológicas. O estigma social que considera os idosos como seres assexuados precisa ser trabalhado, pois isso gera um obstáculo para que essa população tenha a educação em saúde necessária para garantir práticas sexuais seguras, um cuidado holístico, livre de tabus e preconceitos. No Brasil, em 1950, a população de idosos correspondia a cerca de 4,9% da população total, em 2060, estima-se que 32,2% dos brasileiros façam parte dessa faixa etária. Atualmente, no Brasil a população idosa é composta por 22.169.101 idosos, representando 10,9% da população essa parcela mantém ativa em vários aspectos, sociais, culturais e sexuais, e merecem atenção integral para evitar adoecimentos, como exemplo as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), com destaque para a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e, consequentemente, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). Objetivo: Analisar a incidência temporal dos casos de HIV entre pessoas idosas do Brasil no período de 2018 a 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico onde incluiu os estados e regiões do Brasil como unidade de análise. Os dados foram obtidos por meio das fichas de Notificações de Doenças e Agravos Compulsórios (SINAN), disponíveis no site do Sistema Único de Saúde (DATASUS), coletados no mês de julho de 2024. Este estudo não necessitou de aprovação prévia pelo Comitê de Ética e Pesquisa, uma vez que a base de dados utilizada estava disponível gratuitamente na internet, fornecida pelo governo. Resultados: No recorte utilizado para a pesquisa, foram notificados 6.539 novos casos de HIV/AIDS na população idosa no Brasil. Sendo mais frequente em indivíduos do sexo masculino (62,2%), de orientação heterossexual (79,4%) com idade entre os 60 a 69 anos (80,3%), de raça/cor branca (49,2%). Foram registrados 3.200 óbitos por 100.000 mil habitantes. Considerações finais: Portanto, o número de casos de HIV/AIDS nos idosos no Brasil apresenta-se, infelizmente, de modo crescente e contínuo, uma vez que existem dificuldades na detecção no tempo certo, sendo importante a criação de políticas públicas voltadas especificamente para a saúde sexual na terceira idade.