O perfil epidemiológico da população feminina apresenta diferenças importantes de uma região a outra do país, considerando a diversidade de condições socioeconômicas e culturais e ao acesso às ações de assistência à saúde. Esse perfil ganha relevância maior quando se trata de entender e caracterizar o momento da gestação que é um momento cercado de transformações pessoais e sociais, levantando questionamentos acerca de sua própria identidade e conceito pessoal, em todo o processo de adaptação a uma nova condição. Este trabalho tem como objetivo caracterizar perfil sociodemográfico e histórico clínico-obstétrico das gestantes de risco habitual acompanhadas na atenção básica de um município do RN. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, desenvolvido nas UBS de município do RN com 135 gestantes em acompanhamento pré-natal entre setembro de 2018 e fevereiro de 2019. Dentre os resultados obtidos em relação ao perfil sociodemográfico, verificou-se que a idade média entre gestantes foi de 26,95±5,6 anos, 73,3% das gestantes eram casadas/união estável, 57% concluíram o ensino médio, 57,8% consideraram-se pardas, 39,3% são protestantes. 74,1% possuem entre um e três salários mínimos. No perfil clínico-obstétrico, observou-se gestantes no 3º trimestre (45,9%), primigestas (42,2%) e 54,8% já realizaram algum parto, mas 45,2% são nulíparas e 13,8% relataram abortos. 83,7% negaram histórico patológico. Os resultados deste estudo, embora representem uma realidade específica, apresentam dados importantes relacionados às características das gestantes assistidas na atenção básica de um município do Rio Grande do Norte. Verifica-se ainda, que a realidade apontada nesse estudo não se distancia do que é percebido em outras regiões do país e podem ser considerados aspectos relevantes, merecendo destaque, pois estão intrinsicamente relacionados à qualidade de vida das gestantes e a maneira como conduzem o processo gestacional.