Introdução: O processo fisiológico natural do corpo humano, denominado velhice ou ciclo final da vida, acompanha mudanças físicas, psicológicas e cognitivas. A população feminina é hegemônica na terceira idade, ratificando a maior proporção de mulheres, mundialmente, corroborando com a feminização do envelhecimento. Paradigma a ser discutido, atividade sexual em meios a tabus/mitos e preconceitos, sobretudo, quando referente à idosas. Objetivo: Analisar a associação do envelhecimento e a prática sexual na população idosa. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal analítico e descritivo. Foram incluídos participantes com idade igual e superior a 60 anos, atendidos no CRAS. Os participantes responderam um formulário semiestruturado, contendo variáveis sociodemográficas, parâmetros comportamentais, e aspectos do processo de envelhecimento. Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, parecer Nº 6.707.509. Resultados: Nesta pesquisa, obteve-se uma amostra de 118 participantes. A população do estudo caracteriza-se por predominância do sexo feminino, faixa etária prevalente de 60 a 69 anos. Uma informação sine qua non para o estudo, observou-se uma desigualdade significativa nos parâmetros de gênero e a ausência de prática sexual. A análise identificou baixos níveis de prática sexual nas mulheres, sugerindo alterações hormonais, ressecamento vaginal e diminuição da libido. Como também, podendo estar interligado aos estigmas sociais, culturais, exposições e crenças enraizadas. Indagados sobre o preconceito social no tocante da prática sexual, declararam perceber prejulgamentos e comentários negativos na sociedade. O estereótipo preconceituoso, na terceira idade, como um ser assexual, leva a repressão de seus interesses e desejos, causando-lhes desconfortos e refletindo em suas experiências. Conclusão: Apesar das modificações habituais, decorrentes do envelhecimento, e os preconceitos/tabus, há o interesse e desejo pela vida sexual ativa na terceira idade, ainda que abreviada. Ressalta-se a há escassez de ações, que culminem na melhor compreensão sobre a sexualidade do idoso, medidas de prevenção de ISTs, conscientização para uso de preservativos e acompanhamentos de saúde. Visto que, o despreparo e, por conseguinte, o trabalho profissional desempenhado, sobre essa temática, leva a potencialização ou anulação total da prática sexual na velhice. E assim, tornando-os vulneráveis às ISTs, e contribuindo para diversos agravos à saúde da população idosa.