INTRODUÇÃO: A sepse é uma resposta sistêmica a invasores como bactérias, vírus, fungos ou protozoários, manifestando-se em diversos estágios clínicos, o que a torna um desafio para a equipe multiprofissional devido à necessidade de identificação e tratamento precoce. A região Nordeste destaca-se como a segunda com o maior número de internações, representando 19,7% do total nacional, com os estados de Pernambuco e Piauí registrando as mais altas taxas, 5,4% e 0,5% respectivamente. OBJETIVO: Descrever o perfil das internações por septicemia no Piauí no período de 2018-2023. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo ecológico em que foram considerados todas as internações por septicemia ocorridas entre residentes do Piauí, notificados no Sistema de Informação Hospitalares do SUS (SIH/SUS), no período de 2018 a 2023. Os dados foram obtidos no sítio eletrônico do DA-TASUS, o qual é de domínio público. Para análise descritiva, empregou-se estatística univariada, a partir seguintes variáveis: região de saúde, idade, sexo, raça e óbito. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir dos dados analisados, foram registradas 4.458 hospitalizações por septicemia. A região de saúde Entre Rios (n=1.689; 37,88%) apresentou o maior número de casos no período estudado, seguida pela Planície Litorânea (n=602; 13,50%). A região Tabuleiro do Alto Parnaíba registrou os menores números (n=49; 1,09%). A maioria das internações envolveu pessoas de 60 anos ou mais (n=2.494; 55,94%), do sexo masculino (n=2.339; 52,46%) e de cor parda (n=2.228; 49,97%); e 1.899 óbitos (n= 4.558; 41,66%). CONCLU-SÃO: A análise dos dados de hospitalizações por septicemia revela importantes disparidades regionais e demográficas. A região de saúde Entre Rios registrou o maior número de casos (37,88%), seguida pela Planície Litorânea (13,50%), enquanto a região Tabuleiro do Alto Parnaíba teve o menor número de hospitalizações (1,09%). A maioria das internações ocorreu entre pessoas de 60 anos ou mais (55,94%), predominantemente do sexo masculino (52,46%) e de cor parda (49,97%). Além disso, a taxa de mortalidade foi significativa, com 1.899 óbitos (41,66%). Esses resultados destacam a necessidade de intervenções direcionadas para as regiões e grupos demográficos mais afetados, enfatizando a importância de políticas de saúde pública que abordem tanto a prevenção quanto o tratamento eficaz da septicemia, especialmente entre os idosos e populações vulneráveis.