Introdução: o Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) é uma das principais doenças crônicas não transmissíveis, com alta prevalência global e impacto significativo na saúde pública. Além dos desafios físicos, o DM2 frequentemente está associado a problemas emocionais como ansiedade e depressão, que podem agravar o controle glicêmico e a qualidade de vida. Diante disso, este estudo busca promover uma abordagem mais completa e eficaz para o tratamento da doença e seus efeitos emocionais. Objetivo: identificar a prevalência de ansiedade e depressão em pessoas com DM2 e os fatores associados. Métodos: foi realizada uma revisão integrativa com pesquisa na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e National Library of Medicine/PubMed. De um total de 1.662 artigos identificados, foram selecionados 15 estudos publicados entre 2015 e 2020, utilizando os descritores "Anxiety", "Depression", "Diabetes Mellitus" e "Prevalence". A amostra incluiu artigos originais, em português, inglês ou espanhol, com textos completos eletronicamente disponíveis. Excluíram-se artigos repetidos, irrelevantes, revisões, trabalhos acadêmicos, e estudos focados em tipos diferentes de diabetes ou em crianças, adolescentes e gestantes. Resultados: a maioria dos estudos foi realizada na Ásia (60%) e adotou um desenho transversal (80%). Nove artigos (60%) indicaram a depressão como a condição mais prevalente, enquanto seis artigos (40%) relataram ansiedade. A prevalência de ansiedade e/ou depressão em pacientes com DM2 variou de 30% a 50% na maioria dos estudos, o que é superior à observada na população geral. A Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) (53,3%) foi o instrumento mais utilizado. Os fatores mais associados a esses transtornos foram sexo feminino (53,3%), idade avançada (40%) e complicações relacionadas ao DM2 (40%). Outros fatores associados incluíram controle glicêmico deficiente, maior tempo de diagnóstico, comorbidades, menor renda, menor nível educacional, tratamento com insulina, aposentadoria, desemprego e obesidade. Conclusão: Pacientes com DM2, especialmente mulheres, idosos e aqueles com complicações relacionadas à doença, enfrentam maior risco de transtornos ansiosos e/ou depressivos. A revisão destacou a importância de uma abordagem integral no tratamento, que inclua suporte psicológico e cuidados multiprofissionais.