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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
ESTIGMATIZAÇÃO SOCIAL E A PESSOA COM CÂNCER EM CUIDADOS PALIATIVOS
Relatoria:
Maria Laura Cabral Levy Marsiglia
Autores:
  • Natália Ramos Costa Pessoa
  • Sabrina Camilly Ferreira Vital Lima Reis de Souza
  • Camilly Vitória Cavalcanti Guerra
  • Ana Cecília Pires Guedes de Lucena
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: As neoplasias, doenças geradas por mutações que causam transtornos ao ciclo celular, atualmente constituem a segunda maior causa de mortalidade em uma escala global1. Ao receber o diagnóstico de câncer, o indivíduo começa a lidar de forma mais palpável com a expectativa da morte, com a alteração na maneira como ele se enxerga e como a comunidade o entende2. Em algumas situações, esse paciente pode ter acesso ao cuidado paliativo, o qual apresenta uma esfera de atenção voltada para a melhoria do estilo de vida dele, quando já não existe mais a possibilidade terapêutica para a cura3. Objetivo: Descrever a percepção do corpo social acerca dos pacientes oncológicos em cuidados paliativos. Método: Estudo de revisão narrativa da literatura com objetivo de responder a pergunta: Como a sociedade percebe o paciente oncológico em cuidados paliativos? A busca dos dados ocorreu nas bases LILACS e BDENF, presentes na Biblioteca Virtual em Saúde. Foram selecionados artigos com livre acesso, publicados em português, entre 2019 e 2024. O operador booleano “AND” e os termos “Estigma”, “Neoplasias” e “Cuidados Paliativos” foram aplicados para refinar os resultados das buscas. Obteve-se oito artigos, dos quais, três responderam a pergunta norteadora. Resultados: O contexto histórico de disseminação incipiente de saberes científicos fortaleceu interpretações mal estruturadas sobre o paciente oncológico em cuidados paliativos pela coletividade. Dessa forma, foi associado a essa visão deturpada, um simbolismo de destruição individual durante a espera degradante pelo momento da morte. Assim, estimulado por uma comunidade que o estereotipa e o estigmatiza, o indivíduo adoecido acaba por desenvolver uma consciência ainda mais repulsiva com relação a sua própria existência, marcada momentaneamente pelo câncer. Além disso, a tendência a se entregar a um estado deletério pode favorecer a negação dos métodos paliativos como terapêutica, a qual dedica, ao doente, um olhar holístico, promovendo autonomia e reafirmando sua identidade, que vai além da doença. Considerações Finais: Diante desse cenário, destaca-se a necessidade de maior divulgação acerca do câncer e dos cuidados paliativos, a fim de sensibilizar a sociedade para os objetivos e importância dessa modalidade de tratamento. Tal sensibilização pode ser benéfica na condução dos cuidados do paciente, uma vez que esse corpo social funciona como sua rede de apoio e pode influenciar na percepção que ele tem sobre si.