Introdução: O politraumatismo envolve múltiplas lesões resultantes de traumas físicos ou químicos severos, como quedas de grandes alturas e queimaduras graves, que geram consequências locais como fraturas ou sistêmicas como o choque hipovolêmico. Acidentes automobilísticos são a principal causa de morte por trauma no mundo devido a intensidade do impacto e a complexidade das lesões, evidenciando assim a importância do treinamento contínuo para equipes de saúde em serviços de urgência e emergência. Objetivo: Descrever a experiência vivenciada pela enfermeira do programa de residência multiprofissional em urgência e emergência na capacitação de enfermagem no atendimento ao politraumatizado em um hospital de Rondônia. Método: Trata-se de um estudo descritivo, de caráter qualitativo, na modalidade relato de experiência, decorrente da capacitação de enfermagem no atendimento ao politraumatizado grave realizada no Hospital e Pronto-Socorro João Paulo II em Porto Velho Rondônia no mês de maio de 2023. Resultados/discussão: O treinamento foi realizado em dois dias no auditório do Hospital João Paulo II e teve como público-alvo a equipe de enfermagem da Sala de Emergência, composta por cerca de 70 profissionais, incluindo técnicos de enfermagem e enfermeiros. A capacitação foi dividida em dois grupos distintos, com cada grupo participando em um dos dias agendados. O primeiro momento foi dedicado à exposição teórica, utilizando recursos audiovisuais e promovendo um espaço para esclarecimento de dúvidas e discussão de estratégias intervencionais. Essa etapa incluiu a análise de estudos de casos dinâmicos para ilustrar e debater o atendimento intra-hospitalar. Posteriormente, a metodologia ativa foi empregada por meio de simulações realísticas, direcionadas à abordagem sistematizada do atendimento inicial ao politraumatismo grave, seguindo o protocolo ATLS (Advanced Trauma Life Support), através do mnemônico XABCDE do trauma, de modo a aprimorar a capacidade dos profissionais em identificar e tratar lesões potencialmente fatais, fortalecendo assim, a aptidão no atendimento a pacientes com esse perfil clínico. Considerações finais: Nesse sentido, a formação contínua e o aprimoramento das habilidades das equipes de saúde são fundamentais para garantir o manejo eficaz do politraumatismo grave. A educação contínua, simulações práticas e uma abordagem multidisciplinar são chave para melhorar os resultados e reduzir a mortalidade associada a traumas severos.