INTRODUÇÃO: A Golden Hour, em tradução livre “Hora de Ouro”, é definida como a primeira hora do recém-nascido (RN) que tem como um dos objetivos possibilitar o contato do bebê com a mãe. Ao recém-nascido que apresenta boa vitalidade ao nascer e a puérpera na ausência de complicações pós-parto, a “Hora de Ouro” é um direito a ser usufruído pelo binômio. O contato pele a pele (CPP) faz parte desse momento, pois regularia sinais vitais e facilita o estabelecimento do aleitamento materno, que consequentemente reduz as taxas de morbimortalidade infantil. OBJETIVO: Relatar práticas exitosas durante a Golden Hour e suas repercussões. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência de vivências em salas de parto de maternidades de baixo risco de dois municípios do Estado do Paraná. DISCUSSÃO: Nas maternidades a Golden Hour é tomada como um protocolo operacional padrão, sendo as mulheres informadas previamente acerca dos benefícios, seja durante a visita guiada à maternidade ou durante a internação para o parto. Ao saberem da importância do contato pele a pele, o manejo da Golden hour se torna mais fácil e prazeroso. São três os pilares desse momento importante na adaptação extrauterina, sendo eles: Clampeamento tardio do cordão umbilical (>= 60s), contato pele a pele e aleitamento materno. Logo após o desprendimento do ovoide córmico, ao ser constatado que o RN está respirando ou chorando e com tônus muscular em flexão, este é colocado sobre o abdome materno ou o mais próximo possível do seio, ainda ligado ao cordão umbilical, estabelecendo o CPP e a primeira mamada. O fortalecimento do vínculo do binômio é percebido durante este período, posteriormente, as mães relatam maior facilidade na amamentação, seja relacionado à produção do leite ou ao manejo. Além disso, existe uma maior satisfação com o parto por parte da puérpera, quando esse ato é respeitado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nota-se que manter a mulher informada acerca do que é e qual a importância da Golden hour, torna o procedimento único e benéfico, repercutindo positivamente no fortalecimento do vínculo mãe-bebê e no aumento das taxas de aleitamento materno, além de propiciar uma melhor adaptação à vida extrauterina.