Introdução: Os aterros sanitários são locais projetados para a disposição final adequada de resíduos sólidos que não podem ser reciclados, reutilizados ou compostados, visando a minimização dos impactos ambientais e a proteção da saúde pública e devem seguir as normas estabelecidas pela Resolução CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) N°404/2008. Objetivo: Descrever as condições de um aterro sanitário e o descarte dos resíduos sólidos em um município do interior do Rio Grande do Norte. Método: Trata-se de um estudo descritivo e analítico, do tipo relato de experiência, de abordagem qualitativa, realizado por acadêmicos do 5º período de enfermagem durante a disciplina de Saúde Ambiental do curso de Licenciatura e Bacharelado em Enfermagem da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) Campus Avançado de Pau dos Ferros. A experiência ocorreu no dia 02 dezembro de 2023 em um aterro sanitário de uma cidade do interior Rio Grande do Norte. O estudo aconteceu mediante uma captação da realidade. Resultados/discussão: O aterro sanitário representa apenas um local de descarte de todos os resíduos produzidos pelo município, exceto do material hospitalar, sendo utilizado na verdade como um lixão, de modo a não cumprir com as resoluções do CONAMA. O ambiente com lixo fica localizado próximo a casas e por não receber devidos cuidados expõem a população a diferentes tipos de risco de adoecimento pela intensa exposição aos dejetos, descarte inadequado e dos animais sinantrópicos que lá circulam. No município não há coleta seletiva o que potencializa ainda mais o contexto problemático ambiental e de saúde. Os achados levantam os riscos de adoecimentos relacionados a água, alimentos, vegetação, arboviroses e contaminações respiratórias tendo em vista as queimadas frequentes e pelo odor que se propaga. Considerações Finais: Dessa forma, a realidade apresentada leva a reflexão sobre a necessidade de implantação de gerenciamento de resíduos sólidos e a urgência de ações concretas e efetivas para mudar o cenário visando alternativas mais sustentáveis e responsáveis, que respeitem as normas técnicas, o meio ambiente e a saúde das pessoas. Além disso, o estudo enfatiza na nossa formação que o processo saúde doença é complexo e as questões ambientais também implica nele, sendo necessário políticas e ações públicas.