Introdução: O padrão ouro da alimentação de recém-natos em Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal UTIN é o leite da própria mãe. A ordenha do leite materno se faz fundamental a mãe e ao neonato, uma vez que possibilita a alimentação e esvaziamento mamário. Os postos de coleta em bancos de leites humanos facilitam essa prática, no entanto, se vê a necessidade de registros em prontuários que analisem a evolução ou fatores que influenciam a produção do leite humano no período. Métodos: Elaborado em um Hospital público de ensino no Oeste do Paraná e implementado no mês de julho, do corrente ano, por enfermeiras, com base na literatura, um prontuário físico com dados pessoais da lactante: uso de tabaco, substâncias químicas ilícitas, medicamentos, comorbidades, sorologias, histórico de amamentação, número de filhos; e do recém-nascido: data de nascimento, peso ao nascer, capurro, diagnóstico de comorbidades/malformações, setor de internação e via de nascimento. Deve ser registrado a data, o volume atualizado da dieta do neonato, o volume do leite, o horário que foi retirado e observações, se o profissional julgar necessário. O leite ordenhado é encaminhado à UTIN ou armazenado para pasteurização posteriormente, sendo critério de exclusão sorologias positivas ou uso de medicações contraindicadas. Resultados: A implementação do prontuário materno foi de total adesão da equipe e das lactantes que realizam ordenha diariamente. Considerado dinâmico e de fácil preenchimento, o novo sistema permite um atendimento detalhado diante do perfil de cada cliente, possibilitando a identificação de necessidades especiais e oferta de suporte específico em casos, como por exemplo, que a produção do leite humano diminuiu em determinado período predito pelos níveis de ansiedade. Bem como, um cenário conveniente para sistematização dos dados e fomento de pesquisas. Considerações finais: A implementação do prontuário materno para ordenha de leite humano no banco de leite demonstrou ser uma ferramenta de trabalho valiosa, tanto para as mães quanto para a equipe profissional de saúde, tal como uma fonte de dados para futuras pesquisas científicas. O relato destacou a importância do registro de informações pessoais e assistenciais relevantes, proporcionando um acompanhamento singular a cada mulher.