Introdução: O Brasil tem a 3º população de presas do mundo e, entre 2017 e 2023, 763 mulheres deram à luz na prisão. Ambientes prisionais não contribuem para uma gestação saudável, e deste modo, tornam as gestantes um grupo vulnerável e com necessidade de atenção especial à sua saúde.Objetivo: Realizar levantamento sobre a atenção básica prestada à gestantes encarceradas, a partir de dados oficiais e pesquisas sobre o tema. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura, a partir de dados dos órgãos oficiais de saúde pública e da Base de dados de Enfermagem – BDENF, através dos termos de busca: “Atenção Primária à Saúde” AND “Gestantes” bem como uma segunda busca por “Prisões” AND “Gestantes”. Resultados: A literatura destaca principalmente, aspectos negligenciados do acesso aos serviços de saúde das detentas grávidas, como acompanhamento pré-natal irregular e falta de continuidade em tratamentos. As barreiras incluem a escassez de profissionais de saúde, recursos insuficientes e dificuldades logísticas para idas aos hospitais. As instalações de saúde das prisões são geralmente inadequadas para atender às necessidades das gestantes, com carência de equipamentos e medicamentos essenciais. Conclusão: O presente estudo evidenciou que a atenção básica à saúde das gestantes em situação de privação de liberdade enfrentam inúmeros desafios que comprometem a saúde materna e infantil. Melhorias significativas e políticas públicas são necessárias para assegurar os cuidados adequados e dignos durante a gestação e o parto das detentas.