
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
USO DO DISPOSITIVO DE COMPRESSÃO TORÁCICA (LUCAS 3) DURANTE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR: RELATO DA ENFERMAGEM
Relatoria:
Ana Karoliny da Paz Santos
Autores:
- Sheyla Melo de Vasconcelos
- Isabelle Vitória de Souza Silva
- Josias de Lima Almeida
- Bárbara Larissa Carvalho de Moura
- Natália Maria de Lima Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 3: Inovação, tecnologia e empreendedorismo nos processos de trabalho da Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: O LUCAS 3 é um dispositivo mecânico portátil de compressão torácica, desenvolvido para ser utilizado durante paradas cardiorrespiratórias (PCR). Ele proporciona compressões contínuas e eficazes, alinhadas às diretrizes da American Heart Association (AHA), garantindo a manutenção da qualidade das manobras de reanimação. Objetivo: Relatar a experiência dos enfermeiros com o LUCAS 3 no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), destacando seu papel como aliado crucial durante a reanimação cardiopulmonar. Método: Estudo exploratório, descritivo, do tipo relato de experiência. Envolve o acionamento da Unidade de Suporte Avançado (USA) do SAMU 192 Metropolitano Recife, composta por médico, enfermeiro, residente de enfermagem, técnico de enfermagem e condutor. A equipe foi chamada para apoiar a Unidade de Suporte Básico (USB), que incluía técnico de enfermagem e condutor, durante uma PCR em um idoso em domicílio, no Recife, Pernambuco (PE), Brasil, em maio de 2024. Resultados: A USB foi inicialmente acionada para atendimento de um idoso com gasping e ausência de pulso. A RCP foi iniciada pela equipe de USB, e a USA foi solicitada para suporte adicional. Ao chegar, a USA constatou o retorno da circulação espontânea e procedeu com a remoção do paciente para a unidade avançada, continuando os cuidados pós-PCR. Durante a monitorização, o paciente sofreu uma nova PCR. Foi realizada intubação orotraqueal, instalação de desfibrilador (ritmo não chocável), administração de epinefrina e início das compressões torácicas com o LUCAS 3. Observou-se novo retorno de circulação espontânea, foi pausado dispositivo, porém mantido no paciente. Durante o transporte para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o paciente teve outra PCR. O LUCAS 3 foi religado e uma nova dose de epinefrina foi administrada. A PCR foi revertida novamente e o paciente foi deixado na UPA com sinais vitais. Considerações finais: O uso do LUCAS 3 demonstrou ser um recurso essencial para a equipe de saúde durante a reanimação cardiopulmonar. A atuação do enfermeiro foi crucial, pois, além de operarem o LUCAS 3, gerenciaram as múltiplas intervenções necessárias, como a intubação orotraqueal e a administração de epinefrina. Assim, o relato destaca não apenas a importância do LUCAS 3, mas também o papel indispensável dos enfermeiros na aplicação eficaz das técnicas de reanimação e no manejo de situações críticas, sublinhando a relevância de sua formação e competência na prática clínica.