Introdução: o rápido envelhecimento populacional tem aumentado a prevalência de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), como Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica e obesidade, impactando negativamente a qualidade de vida e a economia, além de ampliar desigualdades sociais. Projeções indicam 52 milhões de mortes por DCNT em 2030. Os principais fatores de risco incluem tabagismo, uso abusivo de álcool, má alimentação e sedentarismo. Objetivo: identificar ações intersetoriais implementadas em nível municipal para a promoção da saúde, prevenção e controle das DCNT, especificamente Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica e obesidade, em um município da região do Vale dos Sinos no Rio Grande do Sul. Método: trata-se de um estudo qualitativo e exploratório, utilizando entrevistas semiestruturadas. Os participantes foram líderes comunitários e representantes de secretarias. A análise dos dados foi realizada por meio da análise de conteúdo, com o apoio do software Atlas.ti. Resultados/discussão: A análise gerou duas categorias: 1) A vida nos territórios: condições, apoio e acesso a serviços sob a ótica de líderes comunitários; 2) Ações voltadas para a promoção da saúde e controle das DCNT: sob o olhar dos representantes das secretarias municipais. Na primeira categoria, foram apresentadas as condições de vida, as redes de apoio dos moradores das comunidades e o acesso aos serviços de saúde, lazer e atividade física nos territórios, sob o olhar dos(as) líderes comunitários. Já a segunda categoria contemplou falas dos representantes das secretarias sobre as ações voltadas à promoção da saúde e controle das DCNT, dos usuários atendidos no município. Destaca-se a relevância de estratégias e ações intersetoriais para fortalecer o controle, a prevenção e a promoção da saúde dos usuários da Atenção Primária à Saúde do município, além de ressaltar a importância de fortalecer a rede de apoio nos territórios. Considerações finais: apesar de avanços, ainda existem desafios a serem superados, sendo necessário criar estruturas organizacionais que permitam a implementação eficaz de práticas de cuidados de saúde nos territórios. Este estudo foi financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) através da Chamada Nº 27/2020.