Introdução: O risco cardiovascular envolve um grupo de fatores de risco modificáveis e não modificáveis para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, atuando como marcadores precoces e são de etiologia múltipla. Assim, tem-se a necessidade de estudos que identifiquem as ferramentas para avaliar este risco e permitir a estratificação dos marcadores que predispõe à vulnerabilidade cardiovascular. Objetivo: Mapear o conhecimento produzido sobre as ferramentas de avaliação de risco cardiovascular em adultos e idosos na atenção primária. Método: Trata-se de uma scoping review conforme o JBI, desenvolvida entre agosto de 2023 a maio de 2024, partindo do questionamento: quais as ferramentas para avaliação de risco cardiovascular em adultos e idosos aplicáveis na atenção primária?. As bases de dados utilizadas foram LILACS, MEDLINE, WoS, Embase, Scopus e CINAHL, além da literatura cinzenta. O software Rayyan foi utilizado para seleção dos estudos e resolução de duplicatas. Os descritores foram: “Adulto”, “Comportamento de risco à saúde”, “Fatores de Risco”, “Fatores de risco para doenças cardíacas”, “Doenças não transmissíveis” e “Atenção primária”, cruzados com os operadores booleanos AND e OR. Foram incluídos estudos publicados em diferentes idiomas, sem limitação de tempo, sendo selecionados os estudos que respondem à questão norteadora desta revisão. Foram excluídos os estudos que não respondem o objetivo da revisão, baseando-se na leitura do título e resumo, temática não associada, indisponibilidade do estudo na íntegra e análise de estudos repetidos. Resultados: Foram incluídos 50 estudos que contemplaram as seguintes ferramentas de avaliação de risco cardiovascular: escores de risco (n=27), calculadoras (n=13), equações (n=7), diretrizes (n=5), quadros de predições (n=3), gráfico (n=1), modelo estatístico (n=1), algarismo (n=1) e aplicativo móvel (n=1). O escore de Framingham (FRS) prevaleceu (n=26), seguido da Systematic Coronary Risk Evaluation (SCORE) (n=9). Os fatores de risco mais frequentes foram: idade (n=44), sexo (n=45), tabagismo (n=43), lipoproteínas de alta densidade (n=31), pressão arterial (n=45) e diabetes mellitus (n=30). Considerações Finais: Predominaram as ferramentas para avaliação dos tipos escores e calculadoras. O FRS fundamentou muitos estudos e tecnologias, apontando a necessidade de tecnologias com inovações e ampliação do escopo dos fatores de risco cardiovascular, sem limitações a marcadores bioquímicos e antropométricos.