Introdução: A infecção de corrente sanguínea (ICS) é uma das mais frequentes infecções relacionadas à assistência à saúde. Para garantir segurança ao paciente, a ICS pode ser prevenida com a adesão das boas práticas pelos profissionais de saúde. A assistência aos casos da COVID-19 foi prestada em circunstâncias extenuantes, não apenas devido ao aumento da carga de trabalho, mas também pelo envolvimento de equipes com baixo grau de treinamento com pacientes críticos. Sob essas condições, não é surpreendente que tenha ocorrido um aumento das ICS. Objetivo: Avaliar o impacto da COVID-19 nas ICS associadas ao CVC em uma UTI de um Hospital Universitário do município de Cuiabá-MT. Método: Trata-se de um estudo transversal descritivo. Resultados: Um total de 111 infecções de corrente sanguínea foram registradas entre os anos de 2018 e 2021, sendo 96 diagnosticadas por exames laboratoriais e 15 por critérios clínicos. Houve aumento do número de casos de infecção de corrente sanguínea durante a pandemia da COVID-19 comparado ao período pré COVID-19. Quanto ao motivo da internação, os principais achados são em relação ao diagnóstico de pneumopatias, que corresponderam a 23,3% (10) antes da pandemia e ao diagnóstico de coronavírus 77,9% (53) durante a pandemia da COVID-19. Os microrganismos encontrados laboratorialmente com maior frequencia foram os grampositivos, principalmente Staphylococcus coagulase negativa. Conclusão: Foi evidenciado o aumento das infecções de corrente sanguínea no período da pandemia, principalmente em pacientes internados devido a complicações da COVID-19 Os resultados são relevantes para a prática, não só da enfermagem, como da equipe multiprofissional de saúde, pois sugerem medidas simples que podem ser adotadas.