Introdução: No cenário brasileiro, cabe a Atenção Básica (AB) oferecer as famílias de crianças com risco de Transtorno do Espectro Autista (TEA) todo o apoio no que se refere às orientações, identificação, cuidados básicos de saúde, diagnóstico e tratamento com equipe multiprofissional. Desta forma, considera-se a importância do agente comunitário de saúde (ACS), visto que estes profissionais estão em contato constante com a comunidade podendo contribuir com a identificação precoce de crianças nas suas áreas de abrangência. Objetivo: Capacitar ACS para identificação precoce de sinais e sintomas que sugerem autismo em crianças, desmistificando pré-conceitos sobre a saúde mental infantil e sua interface com a atenção básica de saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência de um projeto de extensão da Universidade do Estado do Pará que ocorreu no município de Tucuruí-PA, no segundo semestre de 2023. Resultado e Discussão: A capacitação contou com uma abordagem teórico-prática, através de uma concepção de educação problematizadora, na qual a construção de conhecimentos aconteceu de forma reflexiva e crítica. Contou com a presença de cinquenta ACS de diversas áreas do município. O curso ocorreu em cinco dias, pelo período da manhã e da tarde, com 8 horas semanas, contabilizando 40 horas. A respeito da dimensão teórica as temáticas contaram com aula expositiva, através delas os participantes puderam aprender técnicas para melhorar a comunicação com os pacientes de TEA e seus familiares. A dimensão prática contou com oficinas, dinâmicas e estudo dirigido, divididos em grupos a fim de terem maior interação e também realizar trocas de saberes entre os profissionais. Considerações finais: Esta ação viabilizou a integração do ACS na identificação precoce de sinais do TEA, além do fluxo de acompanhamento no município capacitando-o para que possa aprimorar sua atuação na comunidade.