INTRODUÇÃO: Durante a pandemia da COVID-19, houve um avanço mundial no desenvolvimento rápido de tratamentos e vacinas. Contudo, um problema de saúde pública global tomou força: a hesitação vacinal, um movimento social que vai desde a dúvida em vacinar-se até a rejeição ao imunizante. Esse período foi repleto de vivências e experiências, onde sentimentos como medo, receio e angústia foram bastante prevalentes na população, principalmente no início da pandemia. OBJETIVOS: Descrever as vivências e as experiências relatadas por algumas pessoas, durante a pandemia da COVID-19. MÉTODO: Este estudo é um recorte de uma pesquisa maior, na qual foi realizada uma metodologia exploratória descritiva com método de amostragem não probabilística "snowball" (Bola de Neve). RESULTADOS: Os resultados foram organizados em três categorias, de acordo com a hesitação vacinal contra a COVID-19, tanto do ponto de vista coletivo quanto individual. Vivências e experiências sobre a pandemia e a doença COVID-19 foi uma das categorias que sustentavam o discurso do indivíduo que hesitava em vacinar-se, na qual analisava as vivências durante a pandemia de COVID-19. A exploração dos dados identificou que durante a pandemia prevalecem a força dos discursos referentes ao medo, receio ou temor em viver a pandemia, seguida pelas experiências associadas às perdas por óbitos de familiares e amigos. DISCUSSÃO: A pandemia mostrou a nossa fragilidade de forma cruel, o medo não se limita apenas à individualidade, mas pertence a todo um conjunto de representações que permeiam os imaginários sociais em distintas sociedades ao longo de suas trajetória, inclusive repercutindo em suas próprias crenças, onde na ocasião do estudo as “crenças” foram a principal fonte para o negacionismo científico que embasava a hesitação vacinal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo explorou as percepções sobre a vacina da COVID-19 e os motivos da hesitação vacinal, destacando a influência de crenças pessoais, experiências passadas e acesso à informação. A hesitação compromete a imunização coletiva, facilitando a propagação do vírus. O negacionismo científico e a desinformação, frequentemente impulsionados por "fake news", influenciam negativamente as decisões de saúde. O estudo enfrentou limitações, como dificuldade de acesso aos participantes e a falta de pesquisas anteriores, evidenciando a necessidade de campanhas educativas eficazes.