Introdução: A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. Embora a maior parte dos doentes se recupere, alguns podem evoluir para formas graves da doença, que podem até levar ao óbito. No Brasil, o início de 2024 foi marcado pelos altos números de casos confirmados da doença, sendo os jovens e adolescentes o grupo mais atingido. Dessa forma, uma das ações para combater essa arbovirose foi a incorporação da vacina contra a dengue, para a faixa etária de 10 a 14 anos. Objetivo: Analisar a incidência dos casos de dengue e a cobertura vacinal contra a arbovirose em adolescentes no Brasil durante o primeiro semestre de 2024. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, analítico, retrospectivo, de abordagem quantitativa. Foram incluídos todos os dados de doses vacinais e casos sinalizados na faixa etária de 10 a 14 anos, nos meses de janeiro a junho de 2024, em todo território nacional, por meio dos dados disponíveis no Painel de Vacinação do Calendário Nacional e SINAN. Os dados foram tabulados no Excel e divididos em duas categorias: 1. Número de casos prováveis por mês e faixa etária, com comprovação laboratorial e/ou clínico-epidemiológico; 2. Doses aplicadas por mês e faixa etária. Resultados/Discussões: Após análise dos dados coletados, foram identificados maiores números vacinais nos meses de março e abril, quando houveram liberações para vacinação de outras faixas etárias e ações mais intensas para ampliar o número de vacinados. Ao comparar o número de doses por faixa etária, para o público dos 10 aos 14 anos, ambos apresentam mais de 200 mil doses em cada, sendo liderada pelo público dos 10 anos com mais de 500 mil doses. Sobre os casos confirmados da dengue, os maiores picos foram atingidos nos meses de março e abril e logo após observou-se uma queda no mês de maio, acentuando-se no mês de junho. Considerações finais: Ao longo do ano, os casos apresentaram números significativos, entretanto, a presença da vacinação contra a dengue auxiliou o declínio dos novos casos, na medida que a evolução vacinal foi crescendo entre a população. Logo, para que esse quadro permaneça, faz-se necessário associar a vacinação com a conscientização da sociedade, relembrando que as outras medidas de prevenção, como evitar água parada, o uso de repelente e telas nas janelas, tornam-se indispensáveis para que não ocorra uma nova epidemia, sendo necessária a conscientização dos profissionais de saúde e da população.