INTRODUÇÃO: A maternidade é um momento do ciclo de vida da mulher que envolve mudanças do físicas, sociais e emocionais. Em gestantes soropositivas, a experiência torna-se ainda mais singular, pois esse cenário sensibilizado traz consigo diversos sentimentos que afetam fortemente suas vidas. A infecção provocada pelo HIV desenvolve uma depressão imunológica que afeta os linfócitos TCD4+, tornando o organismo suscetível às infecções oportunistas e doenças. O enfermeiro possui papel fundamental nesse processo e a maneira como ele conduzirá os diálogos junto à gestante terá consequências diretas na adesão dela aos tratamentos e retorno às consultas de pré-natal. MÉTODOS: Foi realizado uma revisão de literatura entre o mês de junho de 2024 onde foram definidos os descritores e realizado as buscas na Biblioteca Virtual em Saúde e Scientific Eletronic Library Online. RESULTADOS: O número de casos de infecção pelo HIV no Brasil tem o perfil epidemiológico marcado por mulheres em idade reprodutiva, com ensino fundamental incompleto, crescente entre pardas com taxa de 52,1% comparado as brancas com 28,5% e pretas com 14%. A baixa escolaridade possui relação com o número de casos em países em desenvolvimento, o que pode comprometer a compreensão das informações passadas pelos profissionais. A prevenção da transmissão vertical do HIV representa um desafio para a enfermagem que participa ativamente no pré natal, parto e puerpério. Um estudo mostra que a cesárea foi a principal via de nascimento, demonstrando uma fragilidade na assistência do pré natal, comprometendo o diagnóstico precoce. A baixa adesão a terapia antirretroviral (TARV) está ligada a dificuldade de acesso aos serviços de saúde e a burocratização. O preconceito e a discriminação sobre o diagnóstico fazem com que as gestantes não procurem as estratégias de Saúde da Família (ESF), a adição do uso de drogas e falta de capacitação dos enfermeiros são elementos desafiadores para um desfecho positivo no pré natal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa evidenciou que há desafios que devem ser trabalhados e superados pelos profissionais e que as soluções envolvem desde questões sociais, a melhora de políticas públicas direcionadas para esse cenário, quanto a educação permanente e capacitação dos enfermeiros para prestar uma assistência de qualidade no período gravídico. O trabalho do enfermeiro se faz notório e de extrema importância, quando a gestante entende seu quadro e se sente acolhida no acompanhamento.