Introdução: A alta compartilhada para a saúde materno-infantil é uma estratégia que proporciona a melhoria na qualidade do cuidado e é fundamental para a promoção de cidadania, autonomia e protagonismo do sujeito. Entende-se que é necessário implementar tecnologias em saúde que tragam mais segurança na assistência prestada nas maternidades, proporcionando melhor administração de medicamentos, sistemas organizacionais, educacionais, de informações e de suporte, bem como programas e protocolos assistenciais, por meio dos quais a atenção e os cuidados com a saúde são prestados à população. Objetivo: Relatar a experiência de implementação de um grupo de Whatsapp para a realização da Alta Compartilhada obstétrica entre profissionais da maternidade e a estratégia de saúde da família que assistem o binômio mãe-bebê. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência desenvolvido a partir da vivência de uma enfermeira obstétrica no Hospital do Seridó, localizado na cidade de Caicó no estado do Rio Grande do Norte. O hospital recebe gestantes de risco habitual na região do Seridó, com uma média de 800 partos anualmente, entre partos vaginais e cesárias. A partir da identificação da fragilidade na comunicação entre profissionais da maternidade e da estratégia de saúde da família, no ano de 2019 foi implementado um grupo de Whatsapp, com o objetivo de ser um canal de comunicação nomeado como “Alta Compartilhada Obstétrica”, composto por enfermeiros da estratégia de saúde da família e da maternidade. Resultados e Discussão: Desde a criação do grupo, foram contabilizados 4.258 partos no decorrer dos 5 anos. A estratégia utilizada promove a continuidade do cuidado após a alta da maternidade do binômio mãe-bebê, através do compartilhamento de informações acerca do período de internamento, via de parto, intercorrências, procedimentos realizados e demais dados relevantes da puérpera e recém-nascido. Considerações finais: A comunicação entre o serviço hospitalar e a estratégia de saúde da família auxilia no cumprimento da visita puerperal e na primeira consulta do recém-nascido na primeira semana de vida, além de ser uma ferramenta importante para tirar dúvidas, comunicar intercorrências, procedimentos e aproximar a estratégia de saúde da família da rede hospitalar, fechando lacunas e garantindo qualidade e a continuidade da assistência ao binômio mãe-bebê.