Introdução: A Portaria nº 1.119 de 2008 do Ministério da Saúde tornou obrigatória a abordagem detalhada das análises de óbitos maternos. Essa exigência visa reduzir a subnotificação de mortes maternas e identificar possíveis falhas na assistência obstétrica. O Sistema de Vigilância de Óbitos Maternos tem promovido avanços na saúde materna no país. Embora os números absolutos indiquem que a morte materna é um evento raro, isso não diminui a importância da prevenção. Objetivo: Analisar estratégias para redução e prevenção da mortalidade materna no Brasil. Metodologia: Esta revisão integrativa de literatura foi realizada por meio da BVS, utilizando as bases de dados SciELO, LILACS e MEDLINE. Foram aplicados os descritores DeCS "Prevenção de Doenças AND Mortalidade AND Brasil". Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis online na íntegra, em português, espanhol e inglês, publicados nos últimos 5 anos e que abordam a temática. Os critérios de exclusão foram: artigos que não contemplavam o tema e estudos duplicados nas bases de dados. Ao todo, 58 estudos foram identificados, dos quais 3 foram selecionados para esta pesquisa. Resultados: Os artigos analisados revelam que a redução da mortalidade materna no Brasil é um desafio complexo que exige uma abordagem integrada. Em primeiro lugar, melhorar o acesso aos serviços de saúde materna é essencial, incluindo o fortalecimento das infraestruturas em áreas remotas e a promoção de um pré-natal adequado para detectar complicações precocemente. A capacitação contínua de profissionais de saúde, especialmente das equipes obstétricas, é igualmente crucial. Garantir que equipes bem treinadas estejam prontamente disponíveis para emergências obstétricas pode reduzir significativamente a mortalidade materna. Além disso, as disparidades socioeconômicas impactam diretamente o acesso aos cuidados maternos; portanto, estratégias para reduzir a pobreza e promover a igualdade também desempenham um papel importante na melhoria dos resultados maternos. Conclusão: Portanto, enfrentar a mortalidade materna no Brasil exige a implementação de estratégias de prevenção eficazes. A melhoria do acesso aos serviços de saúde, a capacitação contínua dos profissionais, a conscientização e a educação, o apoio ao planejamento familiar e a abordagem das desigualdades socioeconômicas são pilares essenciais para superar esse desafio complexo.