Introdução: Os acidentes por animais peçonhentos são um problema de saúde significativo no Brasil, devido à sua vasta biodiversidade e às condições ambientais que favorecem a ocorrência desses eventos. Os principais animais peçonhentos incluem serpentes, aranhas, escorpiões e outros. Esses acidentes podem resultar em envenenamento grave, com potencial risco de morte. A assistência de enfermagem desempenha um papel crucial no manejo inicial e no tratamento contínuo dos pacientes afetados, garantindo uma resposta rápida e eficaz para minimizar complicações e promover a recuperação. Objetivo: contextualizar sobre a assistência de enfermagem em casos de acidentes por animais peçonhentos no Brasil. Metodologia: revisão integrativa com abordagem qualitativa. Para a seleção dos artigos, realizou-se uma pesquisa na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando-se a base Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a Base de Dados de Enfermagem (BDENF), no período de março a junho de 2024, com os Descritores em Ciências da Saúde (Decs/Mesh) “Animais Peçonhentos”, “Assistência de Enfermagem” e “Saúde Coletiva ”, cruzados pelo operador booleano AND. Aplicaram-se como critérios de inclusão: artigos completos na língua portuguesa, publicados entre 2019 a 2024 e critérios de exclusão: estudos duplicados, indisponíveis gratuitamente e sem relação com a temática proposta. Após aplicação dos filtros restaram 11 artigos utilizados para a construção do estudo. Resultados: evidenciou-se que os acidentes com serpentes são os mais comuns, seguidos por escorpiões e aranhas. A região Norte do Brasil tem maior incidência, devido à Floresta Amazônica e as condições climáticas favoráveis. Os profissionais de enfermagem são os primeiros a terem contato com as vítimas, desde a abordagem inicial até a administração de soros antiofídicos. A literatura aponta barreiras que limitam a assistência de enfermagem, como a falta de educação continuada, recursos limitados e dificuldade de acesso à informação. Considerações finais: conclui-se que a atuação de enfermagem é fundamental no manejo neste agravo de saúde. Embora existam desafios, a capacitação contínua e a melhoria na distribuição de recursos podem fortalecer a resposta de enfermagem, contribuindo para a redução da morbimortalidade associada a esses acidentes.