
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
IMPLICAÇÕES DO EXAME DE PAPANICOLAU EM MULHERES MENORES DE 25 ANOS: REVISÃO NARRATIVA
Relatoria:
Juciele da Conceição Pereira
Autores:
- Lorena de Souza Coutinho
- Antonio Diego Costa Bezerra
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Mundialmente, o Câncer do Colo do Útero (CCU) é o quarto tipo mais incidente entre as mulheres. É imprescindível a detecção precoce para um tratamento precoce e menor número de óbitos por CCU. O principal método de rastreio e de diagnóstico do CCU é o Exame de Papanicolau (EP). Este exame deve ser realizado de 3 em 3 anos, após 2 exames consecutivos normais, com um intervalo de um ano, em mulheres de 25 a 64 anos, que já iniciaram a vida sexual. No entanto, mulheres menores de 25 podem fazer o EP a depender das indicações, o que justifica estudos acerca de suas implicações, sobretudo os realizados por enfermeiros. OBJETIVO: Descrever as implicações do EP em mulheres menores de 25 anos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa, realizada em julho de 2024, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): "Teste de Papanicolau", "Neoplasias do Colo do Útero" e "Enfermagem", entrecruzados com o operador booleano AND. A busca foi realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Incluíram-se artigos completos, com recorte temporal dos últimos cinco anos, em português, inglês e espanhol que se encaixassem na temática. Excluiu-se a literatura cinzenta. Foram encontrados 120 artigos e após criterização reduziu-se para 20 artigos. Ao final, utilizou-se 7 artigos para esta revisão. RESULTADOS: Os estudos apontaram que além da recomendação de manuais, há também recomendação literária para o EP a partir dos 25 anos, visto que o número de CCU em mulheres abaixo dessa idade é baixo e o rastreamento é menos eficiente para detectá-lo. Ressalta-se que mulheres jovens podem apresentar lesões de baixo grau ou lesões celulares associadas ao HPV, mas são transitórias e costumam regredir. Ao realizar o EP e ter um diagnóstico, as mulheres jovens estão expostas aos riscos de tratamento desnecessário, infecção, sangramento e morbidades obstétricas no futuro. O percentual de mulheres submetidas ao EP antes dos 25 anos traz mais danos do que benefícios. Em suma, é papel da enfermagem realizar educação em saúde com essas jovens evitando gastos com materiais desnecessários e danos à saúde. CONCLUSÃO: Portanto, o EP em mulheres menores de 25 anos pode acarretar em tratamentos desnecessários e possíveis efeitos negativos de intervenções precoces. Em síntese, recomenda-se a realização de novas pesquisas sobre a temática, para um melhor esclarecimento das implicações causadas pelo exame em mulheres menores de 25 anos.