Introdução: De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a previsão para 2060 é de que alcancemos o número de 73 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Simultaneamente com aumento da longevidade e a prevalência de doenças crônicas, a assistência da enfermagem torna-se cada vez mais relevante, exigindo dos profissionais de saúde competências específicas para promover a qualidade de vida, prevenir agravos, manejar comorbidades, sobretudo respeitando a capacidade do idoso de tomar as próprias decisões, através de uma abordagem centrada no paciente que engloba desde o manejo das condições crônicas até a educação em saúde, fortalecendo assim a confiança e capacidade de viver de forma digna. Objetivo: Investigar e analisar a importância que a assistência de enfermagem tem na promoção e manutenção da autonomia da pessoa idosa. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa revisão sistemática, tendo como pergunta metodológica norteadora: “Qual a importância da assistência de enfermagem na saúde e autonomia da pessoa idosa?”. A pesquisa foi realizada nas bases de dados da Scielo e da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e como critérios de inclusão foram considerados artigos em português e inglês no período de julho de 2024, na qual delimitamos as publicações dos últimos 10 anos. Os descritores utilizados para busca foram “Enfermagem” AND “Idoso” AND “Autonomia”. Resultados e Discursão: Conforme as análises dos estudos, foi possível identificar uma lacuna significativa entre o conhecimento teórico dos enfermeiros sobre a autonomia e sua aplicação prática. A maioria das intervenções de enfermagem visam a promoção da independência física, negligenciando outras dimensões importantes da autonomia, como a cognição e a integração social. A promoção da autonomia envolve incentivar a participação ativa do idoso no seu próprio cuidado, proporcionando-lhe as informações necessárias para a tomada de decisões. Considerações finais: Levando em consideração os aspectos observados e analisados, foi possível identificar uma real necessidade de investimento em formação e no reconhecimento desses profissionais em garantir cuidados de excelência para uma prática profissional mais eficaz, sendo essencial uma abordagem multidimensional que vá além da independência física do indivíduo. Mesmo nas situações em que a saúde esteja mais fragilizada, a autonomia deve ser estimulada através de ações simples, como uma escuta ativa do paciente.